Para a restauração de sete
painéis, afrescos e murais modernistas da Escola Parque, em Salvador, o
Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) criou um programa
de Educação Patrimonial para treinar professores do complexo escolar a realizarem
visitas guiadas quando as obras estiverem finalizadas em 2014. São obras de
arte da autoria de artistas renomados como Carybé, Jenner Augusto, Carlos
Bastos, Djanira da Motta e Silva e Carlos Magano.
O objetivo é treinar os
professores para recepcionar estudantes, pesquisadores e visitantes que, a
partir de 2014, desejem conhecer a arquitetura, a história e as obras de arte
que compõem a Escola Parque idealizada pelo educador baiano, consultor da UNESCO
e um dos fundadores da Universidade de Brasília, Anísio Teixeira (1900-1971).
A unidade de ensino, vinculada à
secretaria estadual de Educação do Estado (SEC), é considerada modelo de
modernização educacional integrado com foco nas matérias fundamentais, no
acesso às artes, na sustentabilidade e na integração com a natureza.
“A restauração dos painéis, as
atividades de treinamento e educação patrimonial integram mais uma ação de
transversalidade entre a SEC e a Secretaria de Cultura do Estado (Secult-Ba)”,
diz o diretor geral do IPAC, Frederico Mendonça.
O dirigente explica ainda que os
prédios que compõem a Escola Parque também são tombados como Patrimônio
Cultural da Bahia desde 1981, pelo IPAC, por serem ícones da arquitetura
moderna baiana de autoria do arquiteto e urbanista Diógenes Rebouças
(1914-1994). “O professor Diógenes projetou ainda a Avenida Contorno, o Hotel
da Bahia – também tombado – e dezenas de outras edificações e planos
urbanísticos em Salvador”, completa Mendonça.
RIO BRANCO e MUSEUS – No
final de julho, o IPAC já tinha promovido ida dos professores da Escola Parque
ao projeto de Visitas Guiadas do Palácio Rio Branco, na Praça Municipal, que é
realizado em parceria com a Fundação Pedro Calmon. “Agora em meados de agosto,
realizamos outra visita em um dos museus do IPAC, o Udo Knoff, no Pelourinho”,
informa a assessora especial do IPAC, Milena Rocha, que coordena as ações com a
Escola Parque.
O IPAC administra também o Museu
de Arte Moderna da Bahia (MAM) no Solar do Unhão, o Palacete das Artes na
Graça, e o Museu de Arte da Bahia no Corredor da Vitória, dentre outros. No Udo
Knoff, os educadores conheceram o acervo permanente do museu, ampliada com 14
obras, sendo 12 delas do ceramista alemão Udo Knoff, e a exposição
temporária “Entre pedras e telas – Um diálogo, uma inspiração”, da parceria com
a Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia.
Para a professora de cerâmica da
Escola Parque, Fernanda Barbosa, a visita foi extremamente válida para conhecer
um bom exemplo de visitas guiadas. “O museu Udo tem boa política de inclusão
com todos os tipos de público. Queremos essa proposta também na Escola Parque”,
afirma Barbosa. Após a mediação das exposições, o museólogo Antônio Varjão,
apresentou a proposta da exposição “Udo e a Cidade”, que estará no museu Udo em
dezembro deste ano (2013).
As visitações no Udo são
realizadas das terças às sextas-feiras, de 12h as 18h; sábado, domingo e
feriados, das 12h as 17h. Já no Rio Branco, qualquer grupo pode
marcar visitas com mínimo de 10 pessoas e o máximo de 30. A agenda
funciona de terça a sexta-feira, das 10h as 18h, e aos sábados e
domingos, das 9h as 13h. Avisita é gratuita e inclui todos os
espaços do palácio. O agendamento pode ser feito no próprio local,
pelo telefone (71) 3116-6928 ou ainda pelo e-mail:museologia.fpc@gmail.com.
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