Para celebrar o primeiro
aniversário de sua editora, a Mondrongo Livros, o Teatro Popular de Ilhéus
(TPI) realizou uma grande festa literária. Na noite do último sábado (12), além
de lançar cinco novas obras de gêneros variados, aconteceu um sarau, onde os
autores puderam ler trechos de poemas e fazer reflexões sobre a literatura
regional. Houve ainda sessão de autógrafos e a música ambiente ficou por conta do
DJ Jef, que também é vocalista da banda OQuadro.
A cerimônia comemorativa foi mediada
pela primeira mulher a ter sua obra publicada pela Mondrongo, Daniela Galdino.
Seu livro, Inúmera, será o primeiro ser reimpresso. Na ocasião, foram lançados
livros de dois autores baianos consagrados: Essa
esquiva e dilacerada fauna (contos), de Jorge de Souza Araujo; Um rio nos olhos (poesia), de Aleilton
Fonseca, em edição bilíngue português/francês, divulgada na França e Canadá. Os
talentos regionais foram marcados com O
chão & a nuvem (poesia), de Heitor Brasileiro Filho, O sangue que corre nas veias (contos),
de Rodrigo Melo e O túmulo agonizante,
de Ramon de Freitas Ribeiro.
Os autores que lançavam suas obras
na ocasião festiva também falaram sobre o importante papel da Mondrongo Livros.
Para Jorge de Souza Araújo, a editora tem a capacidade de capitalizar ações
positivas, valorizando a palavra como elemento de transformação dos indivíduos.
Um dos estreantes da noite, Rodrigo Melo, falou que ao receber o apoio do
público, sente vontade de escrever ainda mais. O poeta Heitor Brasileiro
agradeceu pela atenção dada à sua obra em cada etapa produtiva.
O também estreante Ramon de Freitas
Ribeiro, que lançou três novelas de terror, falou sobre sua escolha pelo gênero
literário, tão inusitado na região. Segundo o autor, suas influências foram
Edgar Alan Poe e Howard Phillips Lovecraft,
trabalhando com o horror cósmico, que trabalha com confrontos materialistas
entre os seres humanos e o sobrenatural, uma contraposição ao terror gótico,
cujo foco são seres encantados, imateriais.
Segundo
o diretor do TPI, Romualdo Lisboa, o lançamento de livros na região sulbaiana
não é algo cotidiano e fica feliz em ver que a Mondrongo tem sido responsável
por boa parte dos últimos. Já o diretor de literatura do grupo, Gustavo
Felicíssimo, declarou que o papel da editora é fomentar a literatura, e se
sentia honrado em publicar obras de amigos e mestres não pela aproximação, mas
por dar espaço a trabalhos de alta qualidade. “Cada vez mais descobrimos novos
talentos que nos surpreendem com seus textos”, disse.
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