A ministra Ana de Hollanda
(Cultura) deve deixar o cargo nesta terça-feira (11). Para seu lugar, a
presidente Dilma Rousseff pode indicar a senadora petista Marta Suplicy (SP).
A ministra tem uma audiência no
Palácio do Planalto e pode já definir sua saída do governo.
Segundo a Folha apurou, a
troca estava prevista para ocorrer depois das eleições, mas pode ser
antecipada. A participação de Marta na campanha do petista Fernando Haddad (SP)
foi decisiva para definir a troca.
Marta, inclusive, avisou
ao suplente, o vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR), para que fique
preparado para a hipótese de assumir sua cadeira no Senado. A senadora, segundo
Rodrigues relatou a interlocutores, o procurou na segunda-feira (10) e informou
que estavam avançadas as negociações para que ocupe o ministério.
POLÊMICAS
Irmã do compositor Chico Buarque,
Ana de Hollanda é cantora e fez carreira na burocracia estatal, trabalhando
inclusive na Funarte.
Sua gestão tem sido marcada por
críticas e em diversas oportunidades o Planalto precisou negar a saída da
ministra.
A ministra sofre pressão de setores
do PT desde que cancelou a nomeação do sociólogo Emir Sader para presidir a
Fundação Casa de Rui Barbosa. O sociólogo havia dito à Folhaque a ministra
era "meio autista".
Além da pressão por parte de
petistas, as críticas à ministra se devem à política sobre direitos autorais
defendida pela pasta, à suspensão de pagamento de convênios e à retirada do
selo Creative Commons (licença para uso de conteúdo) do site da pasta.
Outra crítica de parte do setor
cultural é que ela não teria se empenhado para reduzir o corte no Orçamento da
Cultura neste ano.
No ano passado, a CGU
(Controladoria Geral da União) determinou ainda que Ana devolvesse cinco
diárias que recebeu quando estava no Rio de Janeiro sem compromissos oficiais.
Em outra polêmica envolvendo a
ministra, a Comissão de Ética Pública da Presidência pediu esclarecimentos à
ministra por ter recebido camisetas da escola de samba Império Serrano para
desfilar no Carnaval.
O brinde foi enviado seis meses
após o ministério zerar a inadimplência da agremiação carioca, desbloqueando o
CNPJ da escola.
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