Em Ilhéus, no ano de 2089,
operários de uma fábrica de processamento de cacau entram em greve. A luta
deles não é por melhores salários e condições de trabalho. Eles querem a
indústria para eles. Processar o cacau e fabricar chocolate, ao invés de apenas
sua matéria-prima. Assim começa a viagem do espetáculo 1789. O posicionamento
dos operários do cacau se confunde com aquele dos escravos do açúcar, no
Engenho de Santana de 1789.
A partir de saltos no tempo e
espaço, o grupo de 20 atores e músicos recontam fatos da nossa história que
levaram os escravos a um levante que durou dois anos. Personagens fictícios e
reais se fundem num vai e vem, mostrando o curso da vida como uma grande
máquina construída pelos ideais daqueles que, efetivamente, movem a sociedade.
A participação de membros do
Terreiro Matamba Tombenci Neto, descendente dos escravos do Engenho de Santana,
reforça a ligação com as raízes históricas.
O espetáculo mostra a força
motriz histórica, em constante transformação de sentimentos, projetos, lutas e
revoluções. Sua estrutura é constantemente modificada, com cenário e elenco se
movimentando através da atmosfera preenchida pela trilha musical que traduz as
intencionalidades com vigor.
Texto e direção de Romualdo
Lisboa | Música de Elielton Cabeça | Coreografia de Zebrinha. Um espetáculo do
Teatro Popular de Ilhéus. Com Indira Rodrigues, Guilherme
Bruno Santana Doria, Marinho Santos, Iara Colina, Odara Souza, Cabeca Isidoro Santos, Rogério Matos, Geisa Pena, Neide Rodrigues,Takaro Vitor, Neia Dendê Santana, Ed Paixão, Nayane Santos e Aldenor Garcia.
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