quinta-feira, 7 de março de 2024

SENADO APROVA MARCO REGULATÓRIO DO SISTEMA NACIONAL DE CULTURA



Ministra Margareth Menezes entre senadores e artistas.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado


O Senado aprovou, nesta quarta-feira (6), o projeto que cria o marco regulatório do Sistema Nacional de Cultura (SNC). Do ex-deputado Chico D’Angelo (PT-RJ), o PL 5.206/2023 foi relatado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) e agora segue para a sanção da Presidência da República. A matéria foi aprovada na segunda-feira (5) na Comissão de Educação e Cultura (CE) e enviada ao Plenário em regime de urgência.

De acordo com o relator, o marco regulatório proposto tem o objetivo de garantir os direitos culturais, com a colaboração entre os entes federativos, para a gestão conjunta das políticas públicas de cultura. Humberto apontou que o SNC busca a promoção do desenvolvimento humano, social e econômico com o pleno exercício dos direitos culturais, sendo regido pelos princípios da diversidade das expressões culturais. Ele ainda informou que acatou apenas emendas de redação para aprimorar o texto do projeto.

— Este é um dos projetos mais importantes da área cultural nos últimos anos. Criar o Sistema Nacional de Cultura foi um avanço muito significativo. Homenagear a cultura é homenagear o povo do nosso país — afirmou Humberto.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, que acompanhou a votação do projeto no Plenário. Delegados culturais de unidades da Federação e artistas também estiveram presentes nas galerias do Senado.

Novo tempo

Na visão da senadora Augusta Brito (PT-CE), que atuou como relatora da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o projeto é importante por democratizar o acesso à cultura. Para o senador Jayme Campos (União-MT), o projeto é de extrema importância para o país, por prever a colaboração entre os entes para fortalecer a área cultural. O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), exaltou o apoio à cultura que o atual governo estaria implementando. Ele reclamou da oposição que “estranha” esse novo tempo de apoio à cultura.

— O Brasil de verdade, da cultura e da democracia, voltou. E voltou para ficar — registrou Randolfe.

O senador Weverton (PDT-MA) disse que o projeto ajuda a concretizar um novo tempo na cultura do país. Ele aproveitou para pedir mais atenção com a região Nordeste, com melhor distribuição dos recursos para a área da cultura. Ao recomendar a aprovação da matéria, o senador Otto Alencar (PSD-BA) disse que seu estado, com tantos artistas, está bem representado no projeto. Os senadores Rogério Carvalho (PT-SE), Beto Faro (PT-PA) e Jorge Kajuru (PSB-GO) também elogiaram a iniciativa da proposta.

A senadora Teresa Leitão (PT-PE) lembrou que o governo do presidente Lula tem o mérito de ter recriado o Ministério da Cultura. De acordo com a senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), o projeto vai colaborar com o planejamento de políticas públicas voltadas para a produção cultural. O senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) anunciou seu voto favorável e disse que é muito difícil fazer cultura no Brasil. Segundo o senador, a cultura também é importante como vetor econômico, gerando renda e emprego.

— Quando a cultura entra na veia de um povo, ela muda a história e a realidade. Que o Brasil tenha sua identidade cultural cada vez mais valorizada — declarou Rodrigo.

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), único a votar contra, disse que “o centralismo e o dirigismo” do projeto causam preocupação. Segundo o senador, a esquerda teria essa forma de atuar, querendo impor uma maneira de fazer cultura. Ele voltou a dizer que o governo do presidente Lula trabalha de forma autoritária. Já a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) disse que o projeto é matéria que o Parlamento, e não o governo, está entregando ao Brasil. Ela disse que a oposição também trabalhou em favor do projeto e pediu que os municípios participem da produção cultural do país.

— A oposição está feliz com esta entrega. A oposição também trabalhou neste texto — destacou a senadora.

 Sistema Nacional de Cultura

O SNC está previsto na Constituição, incluído pela Emenda Constitucional 71, de 2012, e objetiva a promoção do desenvolvimento humano, social e econômico com o pleno exercício dos direitos culturais. O texto constitucional prevê que lei federal regulamentará o SNC e sua articulação com os demais sistemas nacionais e políticas setoriais de governo. É essa lacuna normativa que o projeto busca suprir.

Fundamentado na política nacional de cultura e suas diretrizes, fixadas pelo Plano Nacional de Cultura (PNC), o SNC rege-se por alguns princípios, como o da diversidade das expressões culturais, da universalização do acesso aos bens e serviços culturais e o do fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e bens culturais.

 Estrutura

A sua estrutura é composta, nas respectivas esferas da Federação, de órgãos gestores, conselhos de política cultural, conferências de cultura, comissões intergestoras, planos de cultura, sistemas de financiamento à cultura, sistemas de informações e indicadores culturais, programas de formação na área de cultura e sistemas setoriais.

Entre os elementos da composição do SNC, os planos de cultura, estabelecidos por lei, são instrumentos de planejamento plurianual que orientam a execução da política pública de cultura e possibilitam a articulação das ações do poder público nos âmbitos federal, estadual, distrital e municipal. O projeto prevê a criação do Sistema Nacional de Financiamento à Cultura (SNFC), que deverá articular os diversos instrumentos de financiamento público da área. O relator incluiu emenda para deixar claro que eventuais despesas decorrentes da nova lei estarão sujeitas à disponibilidade orçamentária e financeira.

 Adesão

A adesão plena dos estados, Distrito Federal e municípios ao SNC, segundo o texto, acontece por meio de instrumento próprio perante à União, nos termos de regulamento, e pela publicação de lei específica de criação dos sistemas estaduais, distrital e municipais de cultura. Além disso, a adesão é condicionada à criação, no âmbito de cada ente ou sistema, do conselho de política cultural, plano de cultura e fundo de cultura próprio.

 Financiamento

Entre as iniciativas a serem implementadas pelos entes que aderirem ao SNC, estão as conferências de cultura, que são espaços de participação social nos quais se articulam os poderes públicos e a sociedade civil para analisar a conjuntura do setor cultural e propor diretrizes para a formulação de políticas públicas. O projeto também prevê a ampliação progressiva dos recursos orçamentários destinados à cultura, em especial ao Fundo Nacional de Cultura (FNC), respeitados os limites fiscais e orçamentários dispostos na legislação pertinente.

Fonte: Agência Senado

segunda-feira, 4 de março de 2024

MinC e ANCINE lANÇAM DUAS NOVAS CHAMADAS PÚBLICAS





O Ministério da Cultura e a Agência Nacional de Cinema (ANCINE) anunciaram o lançamento de duas Chamadas Públicas para a valorização do desempenho comercial e artístico das produtoras brasileiras independentes. Serão destinados R$ 180 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) para a produção de novos filmes brasileiros.

Serão duas modalidades:

Produção Cinema – Desempenho Comercial: irá selecionar produtoras brasileiras independentes com base em seu desempenho comercial nas salas de cinema nos anos de 2018 a 2022. O valor recebido pelas produtoras deverá ser investido na produção de novos filmes. As inscrições vão de 05 de março a 04 de abril.

Produção Cinema – Desempenho Artístico: irá selecionar produtoras brasileiras independentes com base em seu desempenho artístico em mostras e festivais. A lista com as mostras e festivais que são consideradas para o cálculo da nota de desempenho artístico da produtora pode ser acessada no site do MinC. As inscrições vão de 20 de março a 18 de abril.

Para acessar o link para inscrições, clique aqui.

Fonte: MinC.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

SECULT/BA INICIA PAGAMENTO DE PROJETOS DA PAULO GUSTAVO BAHIA





O pagamento se inicia pelos editais que premiaram 337 agentes e entidades culturais. Alguns representantes dos premiados participaram de ato de autorização de pagamento realizado na sede da SecultBa, na tarde do dia 26.02, pelo secretário Bruno Monteiro 


A tarde da última segunda-feira (26.02) foi de muita força e diversidade cultural na sede da Secretaria de Cultura da Bahia (SecultBa). Isso porque foi realizado um ato que autorizou o pagamento dos premiados nos editais da Paulo Gustavo Bahia (PGBA). O Secretário de Cultura Bruno Monteiro recebeu mestras e mestres da cultura popular representando os premiados reconhecidos pelos seus legados ancestrais por comunidades de todo o estado. 


O Secretário de Cultura abriu o ato comemorando esse momento tão importante e a possibilidade de reconhecer a trajetória e as ações culturais de agentes e instituições que possuem um legado ancestral em comunidades baianas. “Tomamos uma decisão de começar a fazer os pagamentos dos editais da PGBA pelos Prêmios, pois para o Governo do Estado, é muito relevante reconhecermos o legado de tantas e tantos agentes da cultura que carregam a nossa ancestralidade e mantém viva e pulsante a nossa tradição cultural, que é tão rica, tão diversa e tão identitária”, avalia o secretário. 


Uma das representantes contempladas no Prêmio Nilda Spencer da PGBA, Wilma Macedo, artista e militante circense, presidenta da Associação de Circos Itinerantes, falou que nunca imaginava ter esse reconhecimento. “Fico muito feliz por esse Prêmio. Represento um povo que tem condições de atuação e vida muito restritas e esse reconhecimento é para esse povo circense itinerante”, disse Wilma. 

Já Tata Konmannajy que recebeu o Prêmio por seu legado e também como representante da ACBANTU – Associação Nacional Cultural de Preservação da Cultura Bantu, acredita que esse é um reconhecimento do estado a quem vem lutando para preservar os saberes e identidades de nosso povo. “É uma luta a preservar os costumes, fazeres do nosso povo, a nossa maneira de se comportar com a natureza. É um momento ímpar de reconhecimento de quem luta pela nossa cultura em todo estado”, falou Tata Konmannajy. 

“Estou muito feliz com essa premiação, pois se trata de um legado que vem valorizando a beleza e a vida das mulheres negras”, disse Dete Lima, estilista que veste as deusas do ébano do Ilê Aiyê desde a criação da Noite da Beleza Negra, há 43 anos. “São muitos anos amarrando tecidos como coroas nas cabeças de mulheres negras. Eu só tenho a agradecer os conselhos que recebi quando criança por Mãe Hilda Jitolú e que tem como resultado esse Prêmio. É empoderamento, é felicidade, é vida e ancestralidade”, arrebatou Dete Lima. 

São 337 premiados em 3 editais que juntos somam um montante de mais de quase R$ 10 milhões. Os 919 projetos contemplados em 16 editais de diversas linguagens artísticas e culturais estão previstos para receberem os recursos na primeira quinzena de março. Já os contemplados nos editais de fomento e premiação do audiovisual, que seguiram cronograma separado, devem ter seus recursos creditados até o final de março. Após pagamento dos projetos habilitados, suplentes serão convocados e pagos com recursos de rendimentos bancários, recursos restantes do que foi previsto inicialmente para alguns editais e recursos não aplicados por municípios baianos. 


Assessoria de Comunicação - Secretaria de Cultura do Estado da Bahia – SecultBa 


Telefone: (71) 3103-3442 / 3452 


quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

LPG: EDITAIS DE AUDIOVISUAL DO ESTADO DA BAHIA


A fase para recursos do resultado parcial de habilitação inicia hoje, dia 21/02, e segue até o dia 23/02 às 18h. Os recursos devem ser enviados pela área “Recurso” da plataforma Prosas e, para esta fase, além do campo de texto, também há a possibilidade do envio de documentos anexos. O resultado separa os projetos em três categorias: Habilitado, Habilitado para ajustes e Não habilitado.

O resultado final da habilitação será divulgado no dia 5 de março.


Fonte: @secultba (Instagram)

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

CASAIS APAIXONADOS CURTEM FOLIA NO PELÔ EMBALADOS PELO CLIMA DO AMOR


O carnaval é a época do ano na qual, boa parte da população opta por curtir a folia com os amigos ou se envolver em novas conquistas amorosas. Mas muitos preferem a festa carnavalesca a dois e combinar até a fantasia.

   

Foto: Jasf Andrade | SecultBa

Embalados pelo clima do amor e da folia dos bloquinhos que invadiram as ruas dos Largos do Pelourinho, nesta segunda (12), o casal Cleverson e Analice Sales, juntos há cinco anos, declaram que é possível curtir o carnaval a dois. “Estar no carnaval com a minha esposa é maravilhoso. Não tem preço relembrar nossa história de amor, através das músicas e artistas que estiveram aqui presentes e que fizem parte da nossa história”, declarou Cleverson.

 

Em seu primeiro carnaval juntos, o casal Anderson Rocha, de 30 anos e Larissa Paiva, de 27, moradores de Caminho de Areia, curtiram a folia pelas ruas do Pelourinho, que este ano enaltece o amor trazendo o mote #amôpelopelô. O casal curtiu animados a folia e relataram o quanto vale fazer a pessoa amada feliz no carnaval. “A folia já é uma das alegrias da Bahia e curtir o carnaval casado é uma forma de demonstrar cuidado e amor”, relatou Anderson. Larissa declara a emoção de estar aqui com o amado. “Para mim, o Pelourinho é sinônimo de diversão e ao lado do meu amor é mais prazeroso ainda”, derrete.


 


Foto: Jasf Andrade | SecultBa


Para mostrar que o amor de carnaval vale para todas as idades, o casal de idosos Neilza Lopes, 60 anos e o marido Valdemiro Santana, 72, curtem juntos o Carnaval do Pelourinho, há 16 anos. Para Neilza estar em mais um carnaval no Pelourinho é reviver histórias de muitos carnavais que passaram em união. “Somos casados há 13 anos e o Pelourinho foi para nós um sinônimo de amor e diversão. Já vivemos muitos carnavais e hoje, estamos aqui pelo amor, pela tranquilidade e pelo ambiente familiar que esse lugar nos transmite”, declarou.

 

Carnaval Amô Pelo Pelô 2024 - Todo dia é tempo de demonstrar o #AmôPeloPelô. Mas no Carnaval esse movimento se intensifica e o Governo da Bahia investe para fazer das ruas, ladeiras, vielas e largos verdadeiros palcos de expressão da nossa cultura. No Pelourinho, a folia é  animada, diversa e democrática que abraça o carnaval de rua, microtrios e nanotrios, além de promover, nos palcos, grandes encontros musicais e variados ritmos numa ampla programação. Tem Afro, Reggae, Arrocha, Axé, Antigos Carnavais, Samba, RAP, Pagode/Pagotrap, pop e Guitarra Baiana, além de Orquestras e Bailes Infantis.

 

Carnaval da Cultura – Comemorar, enaltecer e fortalecer os Blocos Afro em seus 50 anos de existência, contados a partir do nascimento do Ilê Aiyê, o pioneiro, é garantir que a festa também seja um lugar para que negras e negros baianos contem as suas narrativas e façam parte da história do mundo. Por isso, o tema do Carnaval da Bahia em 2024 são os 50 anos de Blocos Afro - Nossa Energia é Ancestral. Em cada circuito, em cada sorriso, em cada bloco desfilando as belezas do povo preto, em cada brilho pelas ladeiras do Pelô. É o carnaval dos blocos afro, de samba, de reggae e dos afoxés, apoiados por meio do Edital Ouro Negro para desfilar nos três principais circuitos da folia: Batatinha, Dodô e Osmar. É a folia animada, diversa e democrática do Carnaval e é também a preservação do patrimônio cultural, com o apoio ao carnaval tradicional dos mascarados de Maragojipe. O Carnaval da Cultura é promovido pelo Governo do Estado, "50 anos dos Blocos Afro - Carnaval da Bahia 2024 - Nossa Energia é Ancestral".


Fonte: Ascom/Secult/BA

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

“RENASCER” , NOVELA DO HORÁRIO NOBRE DA GLOBO, CAPTURA A ESSÊNCIA DE ILHÉUS EM CENAS EMOCIONANTES



Ponte Jorge Amado

Ilhéus ganhou os holofotes nesta quinta-feira ao ser cenário de momentos tocantes na novela “Renascer”, gerando comoção e um verdadeiro alvoroço nas redes sociais. A trama, que acompanha a história de José Inocêncio (Marcos Palmeira) e Mariana (Theresa Fonseca), levou os telespectadores a um passeio inesquecível pelos pontos mais emblemáticos de Ilhéus, despertando nostalgia, orgulho e a curiosidade de muitos.

As cenas, gravadas em locais icônicos como a ponte Jorge Amado, o bar Vesúvio, a casa de Jorge Amado, e a Baía do Pontal, não só exibiram a beleza natural e o rico patrimônio cultural de Ilhéus, mas também fortaleceram a conexão dos ilheenses com suas raízes. O pôr do sol na Ponte Jorge Amado, em particular, foi um espetáculo à parte, recebendo elogios efusivos dos espectadores e transformando-se em um dos assuntos mais comentados nas plataformas digitais.

Comentários emocionados como “Ilhéus tão lindinha na TV ”, “Como é lindo ver a beleza da minha terrinha Ilhéus abrilhantando o horário nobre na TV #Renascer” e “urgente: preciso conhecer Ilhéus” inundaram as redes sociais, refletindo o impacto positivo da representação da cidade na novela. A admiração pelo cenário escolhido e a qualidade da produção levaram muitos a expressar seu desejo de visitar Ilhéus e explorar pessoalmente suas belezas.

Além da repercussão nas redes, a trama de “Renascer” se aprofunda nas dinâmicas familiares e nos desafios enfrentados pelos personagens principais. A decisão de José Inocêncio de viajar para Ilhéus, na tentativa de superar a perda de sua esposa, e a determinação de Mariana em acompanhá-lo, adicionam camadas de complexidade à história, culminando em momentos de cumplicidade e novas descobertas.

O episódio em Ilhéus se destaca não apenas pela paisagem, mas também pelo desenvolvimento dos personagens e pela maneira como a novela aborda temas universais de amor, perda e redescoberta. A decisão de Mariana de desafiar as expectativas e insistir em permanecer ao lado de José Inocêncio revela sua força e determinação, enquanto oferece ao público uma visão mais íntima dos laços que os unem.

“Renascer” e suas cenas em Ilhéus provam, mais uma vez, que a cidade é um tesouro nacional, capaz de inspirar artistas, encantar visitantes e orgulhar seus habitantes. A novela, ao captar a essência de Ilhéus, não só enriquece sua narrativa, mas também promove a cidade como um destino de rara beleza e história rica, reafirmando seu lugar especial no coração dos brasileiros.

Matéria reproduzida do site Ilhéus Eventos

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

LEI PAULO GUSTAVO/ILHÉUS: FAZEDORES DE CULTURA TÊM ATÉ DIA 19 DE FEVEREIRO PARA ENTREGAR DOCUMENTOS



Nesta quarta-feira (7) foi publicada a Portaria n.º 06, com a divulgação dos 155 proponentes que serão contemplados com recursos da Lei Paulo Gustavo, enquadrados no Edital 04, que abrange todas as demais áreas que não audiovisual – os resultados definitivos destes serão divulgados ainda em fevereiro. 

De acordo com o Edital, os proponentes precisarão entregar a documentação na Secretaria de Cultura, em até cinco dias úteis, a partir de hoje, quinta-feira (08). A documentação deve ser entregue na Secretaria Municipal de Cultura, localizada na Casa Jorge Amado, no horário de atendimento (das 09 às 14 horas), até o dia 19 de fevereiro (devido ao feriado de carnaval, a Secretaria de Cultura não funcionará nos dias 12, 13 e 4 de fevereiro). 

Este edital compreende projetos de dança, teatro, circo, artesanato, capoeira, entre outros. Foram contemplados 155 fazedores de cultura, que, a partir desta fase, já se habilitarão a receber os recursos. 

Segundo o coordenador da comissão e secretário do Conselho Municipal de Cultura, Marcos Lessa, seriam aproximadamente 300 mil reais de recursos, destinados ao enriquecimento da cena cultural do município. Lessa ainda reforça a importância desta fase, “é essencial que os fazedores de cultura fiquem atentos ao prazo estipulado na Portaria. São cinco dias úteis e, o não cumprimento elimina o proponente”, disse.

Serviço:

- Entrega de documentação dos projetos contemplados pela Lei Paulo Gustavo | Edital 04, que não compreende audiovisual 

- Prazo de entrega: de 08 a 19 de fevereiro (5 dias úteis a partir “do dia subsequente à publicação da portaria”, considerando o recesso de carnaval, nos dias 12, 13 e 14 de fevereiro)

- Local: Secretaria Municipal de Cultura, localizada na Casa Jorge Amado.

- Horário de atendimento: das 09 às 14 horas

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

SAIU RESULTADO FINAL DE HABILITAÇÃO DA LPG BAHIA






A Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia (SecultBa) divulgou, ontem (25/01), o resultado final de propostas habilitadas para os 16 editais das áreas de Fomento às Artes, Identidades e Saberes, Patrimônio, Livro, Leitura e Literatura e Cultura em Toda Bahia da Paulo Gustavo Bahia. Acesse o resultado aqui

Ao todo, foram 917 propostas selecionadas em todos os 27 territórios de identidade da Bahia que, juntas, receberão um investimento em torno de R$44.870.000,00. (quarenta e quatro milhões e oitocentos e setenta mil reais). 

Com o resultado final de habilitação publicado, inicia-se a última etapa de classificação das propostas, com a assinatura e celebração do termo.

Os 10 editais da área de audiovisual seguem na etapa de envio de documentos para habilitação até o dia 29/1.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

MINC LANÇA PROGRAMA CONEXÃO, CULTURA E PENSAMENTO NA SEGUNDA (29)




‘Pihhy’, em mehi jarka, língua falada pelo povo Mehi-Krahô, significa semente e é o nome escolhido para a revista multimídia que inaugura o “Programa Conexão Cultura e Pensamento”. A iniciativa é uma parceria entre o Ministério da Cultura (MinC), através da Secretaria de Formação, Livro e Leitura/DIEFA e o Curso de Educação Intercultural, do Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena, da Universidade Federal de Goiás (UFG). O lançamento ocorre na segunda-feira (29), em formato virtual. As inscrições podem ser feitas aqui.

Inspirado em ações anteriores, como o Programa Cultura e Pensamento, o projeto tem o objetivo de fortalecer espaços públicos de reflexão e diálogo em torno de temas importantes da agenda contemporânea. A atualização deste escopo se inicia pela difusão desta revista multimídia, que será alimentada com conteúdos produzidos por indígenas de diferentes campos de atuação e inaugura o estímulo à criação, produção e circulação, entre múltiplos territórios, baseados em conhecimentos plurais e ancestrais, deixando evidente a complexidade e o valor da pluralidade epistemológica existente no Brasil. 

A Revista Pihhy disponibilizará materiais na língua portuguesa, bilíngues ou plurilíngues, e em inglês, em edições mensais, em uma) versão digital hospedada no Portal do MinC na internet. O ambiente tratará temas como educação, direito, conhecimentos, política, ciência, artes, dentre outros, por meio de algumas categorias como: Já me transformei em Imagem; Mestres de Cultura; Cadernos Educativos; Literatura Indígena; A Palavra da Mulher é Sagrada; Vibrações, Sons, Corpos e Direitos Indígenas. 

“O Ministério da Cultura tem um papel importante no fomento à produção e difusão do conhecimento. Não há políticas públicas sem os ambientes de reflexões críticas e inventivas para a qualificação de nossas políticas culturais. O programa Conexão, Cultura e Pensamento foi buscar como referência o programa Cultura e Pensamento que exerceu um papel vital em gestões anteriores na articulação de instituições e pesquisadores que estavam produzindo em torno dos temas da cultura. A novidade que apresentamos aqui é trazer a percepção inscrita na palavra conexão”, destaca o secretário de Formação Cultural, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba. 

Ele destaca que, para além da produção do conhecimento, está é uma possibilidade de estabelecer conexões entre saberes, fazeres e territórios distintos. “Gerando confluências e encontros na promoção do que se produz nas mais diversas áreas do conhecimento no sentido de promover não só a diversidade cultural, mas também a diversidade do conhecimento, das ciências. A Pihhy’ é nossa primeira roça indígena para a gente arar um pensamento mais orgânico e diverso nesta parceria do MinC com a UFG”. Além da Plataforma digital, o Programa deve englobar outras ações, no sentido de fortalecer a produção de conhecimentos e promover a difusão de culturas locais, inclusão social e diversidade das manifestações artística e culturais, conforme orienta as atribuições da SEFLI e da Diretoria de Educação e Formação artística do Minc. 

O nome Pihhy foi escolhido no contexto do próprio curso intercultural, e o secretário Fabiano Piúba, enfatiza essa escolha, salientando que “a semente está associada às ideias de criação, cultivo, colheita e aos ciclos da vida e do tempo. Ela tanto pode ser uma semente de Jatobá ou de Sumaúma, como pode ser uma semente de gente, de pessoa, pois tudo é natureza e cultura. Se a natureza faz o tempo, a cultura faz o cultivo, o saber-fazer-viver. Ou seja, não podemos mais despregar a reflexão crítica dos ciclos vitais dos saberes e fazeres culturais e tampouco dos saberes da própria natureza. A nossa primeira roça é indígena, a segunda será quilombola e todas serão confluências”, detalha, ao falar da alimentação da plataforma em anos subsequentes a 2024. 

“Trata-se de um projeto inovador e de vanguarda porque promove a pesquisa, o registro e a sistematização desses saberes ancestrais que foram, no violento processo histórico e colonial, apagados, adormecidos ou invisibilizados no país. Ela traz à tona, então, pensamentos plurais e diversos sobre temas fundamentais para o mundo contemporâneo, como a sustentabilidade, a relação com a natureza, a democracia e o bem viver”, explica o professor Alexandre Herbetta, um dos coordenadores da proposta. Gilson Ipaxi'awyga, professor do Intercultural e membro do povo indígena Tapirpé também é um dos coordenadores de conteúdo Revista, finaliza afirmando que a revista é uma oportunidade de se difundir os conhecimentos indígenas, de maneira a se refletir as diversas maneiras de se fazer ciência. 

Haverá certificação para os participantes.

Programação: 

29/01/2024 

8 h–11h: Lançamento da Revista Pihhy Falas de autoridades, de representantes institucionais e da coordenação, apresentando a proposta da revista e a 1º edição. 
Mesa virtual com autores e autoras participantes da edição 



14h–17h: Mesa redonda presencial “Possibilidades de uma pluriversidade para o fortalecimento da democracia e do bem viver” - Bruno Kaingang, Naine Terena, Edson Kayapó e Creuza Prumkuyw Krahô 

A mesa busca refletir sobre a importância fundamental da valorização de outras matrizes epistemológicas e da articulação de conhecimentos pluriepistêmicos para a real democratização de instituições brasileiras, e, também, sobre os intensos e regulares processos de violência epistêmica, ainda presentes em espaços de conhecimento vinculados ao estado. 

Serviço 

Lançamento do Programa Conexão, Cultura e Pensamento – Revista Pihhy 

Quando: 29/01/2024 

Horário: 8 horas 

Local: Transmissão ao vivo no Canal do Núcleo Takinahakỹ UFG

Inscrição aqui.