quinta-feira, 8 de outubro de 2015

CONSELHO DE CULTURA DEFENDE QUE DIA DA POESIA SEJA MANTIDO NO NASCIMENTO DE CASTRO ALVES

Castro Alves 

O Conselho Estadual de Cultura decidiu apoiar a moção de repúdio, redigida pelo Colegiado Setorial de Literatura do Estado da Bahia, que é contrária à alteração na data que celebra o Dia Nacional da Poesia. O documento rejeita o modo como foi promovida a alteração de 14 de março, em homenagem ao nascimento do poeta Castro Alves, para 31 de outubro, marco do nascimento do poeta Carlos Drummond de Andrade.

A moção de repúdio, assinada pelo presidente do Colegiado Setorial de Literatura, Jorge Baptista Carrano, lamenta que a alteração na data “tenha criado constrangimento e indignação injustificáveis à literatura e à cultura baiana que não admite tais ações sem consulta prévia ao setor literário em todo o Brasil”.

Carrano (FOTO), que é também membro do Conselho Estadual de Cultura, reafirma no texto a importância do poeta Carlos Drummond de Andrade, mas defende a manutenção da homenagem a Castro Alves como o reconhecimento de sua obra como um “patrimônio da poesia e por consequência da literatura e da cultura brasileira”.


Na última Sessão Plenária do Conselho Estadual de Cultura, no dia 30 de setembro, Carrano apresentou a moção de repúdio aos conselheiros e conselheiras presentes, que aprovaram o apoio do órgão à iniciativa. “Avaliamos ser da maior justiça e relevância a preservação da data, em especial na Bahia”, afirmou o presidente do Conselho, Márcio Ângelo Ribeiro.

Um ofício pela manutenção da data foi encaminhado à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). O objetivo é que seja construído um ato de resistência na Bahia, com o apoio da ALBA, pela manutenção do 14 de março como o Dia da Poesia na Bahia.

ENTENDA A MUDANÇA – A mudança de data no Dia Nacional da Poesia foi proposta pelo senador Álvaro Dias, do Paraná, autor da emenda acrescida à Lei 13.131/2015. No dia 03 de junho, a norma foi sancionada pela presidência da república em cumprimento ao que dispõe o artigo 216 da Constituição, segundo o qual, entre outros dispositivos, determina ao poder público a promoção e a proteção do patrimônio cultural brasileiro.

À época, o senador alegou que a homenagem ao poeta Carlos Drummond é válida diante do fato de ele continuar sendo influência aos poetas e às práticas de ensino e aprendizagem da poesia, seduzindo sempre novos leitores.

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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

SECRETARIA DE CULTURA DIVULGA LISTA DE INSCRITOS NO AGITAÇÃO CULTURAL


Trezentas e trinta propostas de diversas regiões do estado foram inscritas no Agitação Cultural: Edital de Dinamização em Espaços Culturais, lançado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) em setembro. O edital, que tem como finalidade apoiar a dinamização cultural em espaços públicos e privados, recebeu projetos em diversas linguagens artísticas e culturais em 21 territórios de identidade. As ações culturais selecionadas receberão investimento total de R$ 15 milhões com recursos do Fundo de Cultura da Bahia (FCBA). O resultado das propostas selecionadas será divulgado até o fim do mês de outubro.
“Já é uma grande conquista termos ações culturais de variadas linguagens artísticas provenientes de 21, dos 27 territórios de identidade da Bahia. Estamos atentos ao cumprimento do cronograma para colocarmos em prática uma das grandes novidades do Agitação Cultural, que é o pagamento em parcela única, após a assinatura do Termo de Acordo e Compromisso. Assim, iremos garantir a dinamização cultural em todo o Estado entre janeiro e julho de 2016, período de realização dos projetos”, afirma o secretário de Cultura da Bahia, Jorge Portugal.
Mil propostas de 26 territórios de identidade da Bahia foram enviadas para o Agitação Cultural. Dessas, 330 foram aceitas na etapa de Análise Prévia, que observa se os projetos seguem as normas de enquadramento do edital, a exemplo de período de realização e teto por proposta. O próximo passo da seleção é a análise dos projetos por comissões temáticas formadas por representantes da SecultBA, profissionais de reconhecida atuação em cada uma das linguagens, membros da sociedade civil organizada, de notório saber em suas áreas e representantes do Conselho Estadual de Cultura. Serão levados em consideração critérios como segmento, localização e espaço cultural.
“Tentaremos atingir o máximo de territórios de identidade do Estado, levando em consideração também o conceito ampliado de espaço cultural que adotamos no Agitação, que tanto pode ser um teatro e um museu, quanto um terreiro, uma praça ou um salão paroquial”, afirma o superintendente de Promoção Cultural da SecultBA, Alexandre Simões.
Mais de 50% das propostas inscritas são provenientes de Salvador e região metropolitana. Na sequência, com maior número de inscritos, aparecem os territórios de Portal do Sertão, Recôncavo, Litoral Sul, Médio Rio de Contas, Sertão São Francisco e Chapada Diamantina. Também foram aceitas propostas dos territórios de Bacia do Jacuípe, Bacia do Rio Corrente, Baixo Sul, Costa do Descobrimento, Extremo Sul, Litoral Norte e Agreste Baiano, Piemonte de Diamantina, Piermonte Norte de Itapirucu, Velho Chico, Sisal, Vale do Jequiriçá, Vitória da Conquista, Itaparica e Irecê.
Propostas de diversas linguagens artísticas e culturais foram inscritas, a exemplo das áreas de Acervo Público e de Interesse Público, Arte Pública, Artes/Artesanato, Artes Gráficas, Artes Visuais, Artes Plásticas, Audiovisual, Biblioteca, Cinema, Editorial, Cinema, Design/Programação visual, Equipamentos Culturais, Fotografia, Games (jogos eletrônicos), Gastronomia, Leitura, Literatura, Manifestações Culturais Populares, Manifestações Culturais Tradicionais, Manifestações Étnico-culturais, Música, Educação Patrimonial, Manifestações Culturais Populares, e Segmentos Integrados – vários segmentos culturais envolvidos, além de publicidade.
O edital contempla ações de qualquer segmento cultural que aconteçam com frequência mínima de uma vez por mês, em um período de três a seis meses, sendo o teto de apoio por proposta de R$ 150 mil. Pelas normas do edital, não há prazo para retificação de documentos ou de informações. Os proponentes que quiserem recorrer da decisão têm até o dia 10 de outubro. Outras informações podem ser obtidas nos sites http://www.cultura.ba.gov.br e http://siic.cultura.ba.gov.br/.
Sobre o Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA) – Criado em 2005 para incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas, o Fundo de Cultura é gerido pelas Secretarias Estaduais de Cultura e da Fazenda da Bahia e tem como mantenedoras as empresas Oi e Coelba. O mecanismo custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada. O FCBA está estruturado em 4 (quatro) linhas de apoio, modelo de referência para outros estados da federação: Ações Continuadas de Instituições Culturais sem fins lucrativos, Eventos Culturais Calendarizados, Mobilidade Artística e Cultural e Editais Setoriais.

AQUECIMENTO DO MERCADO EDITORIAL BAIANO


Nos últimos anos, em virtude de uma série de iniciativas governamentais, além do avanço tecnológico, houve um aumento da publicação de livros na Bahia. Em sua maioria, esses livros foram publicados através de editais de incentivo ou por iniciativa particular, fruto dos sonhos de seus autores. Em regra, suas existências como produto cultural se limitaram à noite de lançamento. Padeceram todos de um mal crônico comum: a falta de circulação. 

Os livros baianos não circulam —fato notório — e é assim porque os fatos geradores de suas publicações são de duas naturezas. Como já dito, há o sonho do autor em ver sua obra publicada. Às próprias expensas, ele se esmera numa edição independente, muitas vezes de qualidade inquestionável. Entretanto, não sendo um empreendedor afeito ao mercado, não consegue fazer com que o livro circule. Sem lucro, precisará trabalhar em sua atividade profissional de origem para acumular recursos para nova publicação.

Outra forma de publicar é ser selecionado por um edital cultural, de qualquer esfera da Administração pública ou privada. Dentre muitos livros de qualidade, os editais escolhem alguns. O livro é feito e lançado. Os recursos públicos e privados são direcionados, relatórios são feitos e o Estado e as empresas cumprem seu papel de fomentar a literatura e a cultura. 


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

SE VOCÊ É PONTO DE CULTURA INSCREVA-SE NA REDE CULTURA VIVA


A partir do dia 5 de outubro, redes, movimentos, entidades e coletivos de todas as linguagens culturais vão poder se autodeclarar Pontos de Cultura por meio da Rede Cultura Viva, uma plataforma prevista pela Lei Cultura Viva. Criada pela Secretaria de Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério e entidades que atuam com base nas políticas de software livre, vai rearticular, ampliar, mobilizar e cartografar a base social cultural do País.

Mais do que um site de cadastro, a Rede vai funcionar como um banco de metodologias, trocas, serviços, direitos e dados. Por meio dela também será possível uma experimentação ampliada de cogestão de políticas culturais, uma vez que a rede proporcionará relação direta entre o estado e a sociedade. O lançamento da Rede Cultura Viva, será no dia 5 de outubro, das 9h às 20h, no Memorial Darcy Ribeiro, na Asa Norte, Brasília - DF.

Confira a programação: http://on.fb.me/1gSc5n2

10h às 12h30 - Abre o Código! Desenvolvimento colaborativo de plataformas para a cultura

14h às 16h - Redes de Mídia Livre: articulação, narrativas e ferramentas

16h às 18h - Economia Viva. Da auto declaração as Redes Colaborativas

19h - Lançamento da Plataforma Rede Cultura Viva

20h - Programação Cultural e festa de encerramento