sexta-feira, 14 de junho de 2019

DEBATE


SEMINÁRIO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS DISCUTE POLÍTICA 
PARA O SETOR CULTURAL

José Paulo e Marcelo Calero

A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados realizou nesta última quarta-feira (12) o seminário Mecanismos de Fomento à Cultura e a Política Nacional das Artes. No primeiro painel do encontro, foram discutidos os atuais modos de fomento à cultura e as possíveis maneiras de ampliação do financiamento público ao setor.

O secretário-adjunto da Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania, José Paulo Soares Martins (à esquerda da foto), participou desta mesa, mediada pelo deputado federal e ex-ministro da Cultura Marcelo Calero (Cidadania-RJ), ao lado de Carlos Paiva, gestor cultural e ex-secretário de Fomento e Incentivo à Cultura do antigo Ministério da Cultura, e de Bianca de Felippes, produtora cultural e cofundadora da Associação de Produtores de Teatro (APTR). Também estavam presentes as deputadas Benedita da Silva (PT-RJ), presidente da comissão, e Áurea Carolina (PSOL-MG), além de produtores e gestores culturais.

Para Martins, é necessário estabelecer, dentro do Parlamento, um calendário de ações para que haja políticas públicas que estimulem mais a cultura. “É importante que seja firmado um compromisso para que daqui a dois anos tenhamos avançado no tema e não estejamos discutindo a mesma pauta de 10, 15 anos atrás”, comentou. Um trabalho a ser feito, aponta ele, é buscar a flexibilização do teto de captação da Lei Federal de Incentivo à Cultura, o que poderia permitir que empresas de lucro presumido sejam também doadoras para projetos culturais.

Mediador do debate, o deputado Marcelo Calero destacou que a cultura precisa de novas linhas de financiamento. A necessidade de diversificar a origem de recursos para a cultura também foi ressaltada pelo gestor cultural Carlos Paiva. “É necessário que as políticas existentes sejam otimizadas e que também tenhamos novas fontes de recursos”, afirmou. Para Bianca de Felippes, da APTR, um caminho é a implantação do Fundo de Investimento Cultural e Artístico (Ficart), previsto na Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Assessoria de Comunicação
Secretaria Especial da Cultura
Ministério da Cidadania

PATRIMÔNIO

FESTIVIDADE EM SANTO AMARO, NA BAHIA, INICIADA EM 1889, COMEMORA O FIM DA ESCRAVIDÃO E REFORÇA A RESISTÊNCIA DOS POVOS NEGROS DO BRASIL

Celebração afro-brasileira Bembé do Mercado 
é registrada como Patrimônio Cultural do Brasil


Celebração afro-brasileira Bembé do Mercado, que comemora o fim da escravidão e reforça a resistência dos povos negros, é o mais novo Patrimônio Cultural do Brasil. A festa pela liberdade, realizada em Santo Amaro (BA), foi avaliada e aprovada nesta quinta-feira (13) pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. A celebração teve início em 1889, um ano após a abolição da escravatura. 
Assim, há 130 anos, todo dia 13 de maio é momento para rememorar a luta pela liberdade e a resistência dos povos negros, primeiro como escravizados, depois como cidadãos. Os praticantes dessa expressão cultural, que tem forte base na religiosidade popular de matriz africana, reforçam que a festa é um culto às divindades das Águas representadas por Iemanjá e Oxum, sendo também momento de agradecer a proteção individual e coletiva.
O pedido para registrar a celebração foi apresentado ao Iphan pela Associação Beneficente e Cultural Ilê Axé Ojú Onirè em 2014. O presidente da Associação, Jose Raimundo Lima Chaves, conhecido como Pai Pote, avalia que a titulação como Patrimônio Cultural do Brasil será muito positiva, pois valorizará não só o povo de terreiro, como também a comunidade negra da diáspora africana.
“Estou orgulhoso de ver o crescimento dessa celebração já reconhecida tanto pelo município de Santo Amaro quanto pelo estado da Bahia. Agora esperamos que o reconhecimento seja de todo o Brasil”, comemorou Pai Pote.

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