Neila Brasil, Joilson Maia, Sílvia Kimo Costa e Pawlo Cidade
Antes
dos debates, cada convidado falou sobre as motivações para sua carreira
literária. Silvia Kimo, que é também ilustradora, disse que seu amor inicial
foi desenhar. E, depois de criar personagens e cenários inspirados em mangás
japoneses, passou a escrever histórias. Joilson Maia falou que ler é uma paixão
que carrega desde a infância e começou a escrever para crianças a partir das
histórias que contava para o filho na hora de dormir. Neila Brasil, que é
graduada em Letras, passou a escrever as próprias histórias a partir de
pesquisas sobre Monteiro Lobato.
A
respeito do mercado editorial, os três escritores relataram alguns obstáculos para
publicar suas obras em grandes editoras e as limitações das cotas, restritas a
10% da tiragem e a menos de 30% dos lucros. Joilson disse que começou de forma
independente, com a ajuda de patrocinadores nos seus cinco primeiros anos no
segmento literário. Silvia disse que publica quantidades fechadas em pré-vendas.
Para Neila, a internet e as redes sociais são ferramentas que ajudam a divulgar
os trabalhos.
Em relação
ao contato com os pequenos leitores, os autores afirmaram que é uma experiência
fantástica. “Sempre me emociono muito, pois me lembro da minha infância”,
relatou Silvia. Para Neila, a figura do escritor está a serviço da sociedade e até
já recebeu um livro escrito por uma pequena leitora. Joilson falou do carinho
que recebe das crianças e também dos pais. “Pedem autógrafos, somos tratados
como celebridades”, disse.
Além de
escreverem, os autores ainda participam de ações de incentivo à leitura e escrita.
Neila Brasil conta com o projeto “Como se faz um autor”, indo às escolas e
conversando com professores e coordenadores pedagógicos, além de ter um grupo
de teatro infantil. Joilson Maia realiza contação de histórias em instituições
públicas. E Silvia Kimo também visita escolas, realizando palestras e ouvindo
as opiniões dos jovens leitores.
Os
escritores, que declararam amor incondicional à literatura, falaram também sobre
o papel essencial da família ao incentivar ao hábito de ler. Eles ainda
destacaram o desafio de atrair a atenção das crianças e adolescentes tão
ligadas ao audiovisual para os livros. “A leitura é para distrair, ir além do
imaginário”, ressaltou Silvia Kimo.
Fonte: Ascom/TPI