sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A COXIA E O TRAMPOLIM

A CATARSE É EM QUESTÃO DE SEGUNDOS

Os bastidores são, numa linguagem figurativa, o pré-texto da peça. Tudo aquilo que o espectador não consegue ver, mas que está lá. Sou da corrente que defende a ideia de que a personagem precisa também estar nos bastidores, também conhecido como coxia. A coxia é o lugar situado dentro da caixa teatral - mas fora de cena - no palco italiano, em que o elenco aguarda sua deixa para entrar em cena em uma peça teatral. Por analogia, é qualquer espaço situado fora de cena, em que os atores aguardam sua entrada.

Também nos bastidores estão o contrarregra, o sonoplasta (em alguns casos), o diretor, o cenotécnico e, claro, os atores e as atrizes. Quando digo que a personagem precisa estar na coxia, estou afirmando que o ator precisa estar concentrado, usando o pré-texto que está nos bastidores, pois, quando ele entrar em cena não precisará daqueles segundos que o separam o artificial do natural. São esses segundos que denunciam o ator, apresentando-o como um profissional essencialmente mecânico ou, espetacularmente, orgânico. Por isso ele deve estar só, mesmo acompanhado com os demais membros da equipe. A criação, a transformação, a concentração é um momento solitário. O artista precisa da solidão para criar. A solidão é sua eterna companheira, a amiga indispensável em sua catarse, em sua entrega, em sua personificação.

Para Daniel Freitas, ator e diretor de teatro, o ator precisa aprender “dominar seu corpo e sua técnica de atuação seja ela qual for. Isso significa: saber o que ocorre com seu corpo, a teoria que envolve ele e saber se expressar verbalmente sobre seu estudo teatral pessoal”. E isso ele descobre no processo de criação da personagem, nos momentos em que medita e constrói o pré-texto, também chamado de texto subjetivo ou ainda por Stanislavski de subtexto. Ele explica: “somos propensos a esquecer que a peça escrita não é uma obra de arte acabada, enquanto não for levada à cena pelos atores e tomar vida através de emoções humanas puras e autênticas; o mesmo se pode dizer de uma partitura musical, que não será uma sinfonia enquanto não for executada por uma orquestra em um concerto. No momento em que as pessoas, músicos ou atores, colocam sua própria vida no subtexto de qualquer material escrito a ser apresentado diante de um público, liberam-se as fontes espirituais e a essência interior...”

Daniel Freitas ainda comenta que através da busca de um ator orgânico é possível construir um trabalho forte e seguro quanto a atuação de qualquer estilo de teatro”. E ele está certo. Depois de todo o trabalho, de todo o estudo e exploração das possibilidades e limitações de cada um, o ator está preparado para atuar organicamente. A coxia funciona como porta de entrada. Como trampolim. Aqueles pulinhos antes de “saltar para a água”, é o pré-texto em ebulição. E quando o ator entra em cena, todo o seu corpo interpreta. Por isso se diz que determinado ator foi visceral. (Publicado na coluna semanal "Coxia", do jornal Diário de Ilhéus)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

CONFIRMADO! O lançamento do Audiolivro "O Tesouro Perdido das Terras do Sem Fim", será no dia 03 de dezembro de 2010


Devido a um atraso da produção, o audiolivro "O Tesouro Perdido das Terras do Sem Fim", adaptação do livro homônimo de Pawlo Cidade, previsto para novembro, será lançado no dia 03 de dezembro, sexta-feira, em três locais distintos que irão alcançar públicos distintos:


Biblioteca Pública Adonias Filho, às 10:00 horas

Livraria Papirus, às 16:00 horas

Academia de Letras de Ilhéus, às 18:30 horas


Os primeiros 30 convidados de cada um dos locais de lançamento receberão o audiolivro inteiramente grátis. Mas, você também pode ganhar o livro respondendo a pergunta: "Qual o nome dos três principais personagens da história?"


Envie um e-mail para comunidadetiamarita@hotmail.com e ganhe um audiolivro. A resposta deverá estar no corpo do e-mail e o assunto do mesmo deve ser: Promoção Tesouro Perdido. As trinta primeiras respostas corretas receberão de imediato o audiolivro.


O resultado será divulgado no dia 02/12/2010, neste blog.


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

JUCA FERREIRA E A CULTURA BRASILEIRA

Juca Ferreira, Ministro da Cultura

O que vimos ao longo do tempo na história da República do Brasil foi a cultura sempre relegada a um segundo plano, com raras exceções, a exemplo da gestão de Gustavo Capanema que criou uma política definida voltada para ações culturais, guardadas as ressalvas conjunturais.

Fora desse período não houve uma ação competente que definisse as políticas públicas para cultura brasileira.

No Governo Lula, com nomeação do Ministro Gilberto Gil, sentimos a vontade política inequívoca de realizar um trabalho com amplitude e sensibilidade para isso. Gilberto Gil contou com a excelente atuação de Juca Ferreira na Secretaria Executiva dinamizando a máquina emperrada do Ministério da Cultura.

Passado o bastão, Juca Ferreira assume a pasta e com sua capacidade de gestão revolucionou o MinC, estabelecendo uma política cultural que contemplou todos os segmentos, mobilizou o país inteiro discutindo e aprofundando todas as questões inerentes ao meio artístico cultural, democratizando com clareza e transparência, facilitando a acessibilidade à sociedade civil organizada e facilitando a organização de muitos setores não contemplados em gestões anteriores. Conseguiu em sua gestão interagir com equanimidade em todas as regiões do país.

Com tudo isso, o MinC alcançou uma visibilidade de magnitude sem precedentes, com inúmeras ações e desafios estruturais e pontuais, inclusive com enfrentamentos diante das elites oligárquicas da cultura brasileira.

A importância de manter Juca Ferreira com titular no Ministério da Cultura é semelhante aquela empreendida para a eleição de Dilma Russef na presidência da república para implementar e consolidar as ações e projetos desenvolvidos que se configuram como um marco na história do Brasil.

Assine a petição pública clicando no endereço abaixo. Você receberá, após a votação, um e-mail para confirmar sua assinatura. Vamos manter Juca no Ministério da Cultura em 2011 e consolidar nossos projetos!



http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=MinC2011