“O PMC não é documento de arquivo.
É a prova viva de uma classe que compreendeu que as ações culturais devem
perpassar governos. Por isso ele é chamado de Plano de Estado!”
P.C.
MINHA
RELAÇÃO COM A GESTÃO CULTURAL
E AS
POLÍTICAS PÚBLICAS DE CULTURA
Quando a gente houve de um artista
que, teoricamente, foi um militante de sua classe, ralou, aprovou projetos e
defendeu com unhas e dentes seu papel enquanto “articulador das Políticas
Públicas de Cultura” que tudo que a gente conquistou e todas as leis que foram
criadas para perpetuar governos (Fundo de Cultura, Conselho de Cultura, Plano
de Cultura) podem ser revogadas, é lamentável.
Fiquei na gestão pública de
cultura por quase vinte anos. Fui inicialmente Diretor de Cursos e Eventos,
depois passei a Chefe de Pesquisa, Coordenador de Cultura, Gestor do Espaço Cultural
Bataclan e por último Assessor da Divisão de Cultura. Meu foco sempre foi o de
colocar a comunidade em primeiro plano. Afinal, ela é a mais interessada na
Cultura.
Nos últimos cinco anos me
especializei em projetos culturais e captação de recursos. Tive sucesso em uns,
perdi outros. O engraçado é como as pessoas que estão “de fora” vêm os
produtores culturais. Eles acham que só porque ganhamos, por exemplo, duzentos
mil reais em uma proposta que estamos cheios de dinheiro. Como se os recursos
públicos fossem algum prêmio da loteria que nos permitisse comprar carro zero,
casa na praia, imóveis em outros estados, pagar a faculdade do filho etc etc
etc.