sábado, 15 de dezembro de 2012

EDITORIAL


“Coletividade não é apenas trabalhar com um grupo. Coletividade é abertura.
Permitir que outrem faça parte de suas atividades sem distinção. Os nichos criam umbigos.”
P.C.

http://images01.olx.com.br/ui/1/31/48/15782348_1.jpgO VERDADEIRO ARTISTA PENSA COLETIVAMENTE

Quais são os critérios que podem ser utilizados para que um artista possa ser identificado ou devidamente reconhecido por seus pares? Seu tempo de atuação na área? Sua reputação junto ao público? A qualidade artística do trabalho que ele realiza? Suas qualificações profissionais? Que mais podemos dizer? Talvez a capacidade de liderança ou de articulação também pudesse ser considerada na identificação. O fato é que, a forma pela qual se tenta criar critérios para que as próximas eleições do Conselho Municipal de Cultura sejam mais democráticas e limpas, tem se tornado palco de discussões na Comissão criada para este fim.

Quem mais, além dos próprios artistas, poderia criar estes critérios? Os produtores culturais e outros profissionais do ramo podem também contribuir se levarmos em conta que eles estão diretamente ligados as produções. E por que não a sociedade civil, principal consumidora dos produtos gerados pelos artistas? Afinal, construímos políticas públicas para a comunidade e não para os segmentos. Correto? O que se cria para os segmentos são planos de carreira, funções, planejamentos, estratégias.
Entretanto, há de se considerar que critérios são elementos muito subjetivos. Porém, ainda é a melhor forma de reconhecimento. Nem sempre quem se diz artista, o é. Talvez algumas virtudes pudessem ser observadas. E elas, certamente, seriam alvo de desqualificação ou qualificação dos artistas. Principalmente se considerarmos o princípio da humildade. Quantos artistas, produtores e gestores culturais têm um discurso e a prática é outra? Longe estou de apontar nomes. Eu feriria outro princípio extremamente importante: a Ética! E a ética, caros amigos, prezadas leitoras, muitas vezes passa despercebida no meio.
Por fim, ao tentar se criar uma condição para o reconhecimento oficial da classe, uma característica chama a atenção. Talvez ela não esteja estabelecida como um princípio ou até mesmo como elemento criterioso para a identificação. Contudo, há de se pensar no conceito de coletividade. Não no sentido de nichos. Apesar de nicho ter vários significados, sobretudo o de segmento de mercado, penso em nicho como ele é explicado a partir do meio ambiente. Explico: coletividade não é apenas trabalhar com um grupo. Coletividade é abertura. Permitir que outrem faça parte de suas atividades sem distinção. Os nichos criam umbigos. E não desejamos criar “umbigos”, queremos criar “cordões umbilicais” que se interliguem com outros cordões.
Assim, se o artista traz em sua concepção um sentimento de coletividade, de abertura, de capacidade de ouvir, já é caracterizado aí um artista inteiro. Como diz o radialista Vila Nova no seu tabuleiro todas as manhãs: “É isso que eu acho. É isso que eu penso.”




terça-feira, 11 de dezembro de 2012

REUNIÕES IMPORTANTES NESTA SEMANA

Duas reuniões importantes vão decidir os rumos da Cultura ilheense neste final de ano. A primeira é a do Conselho Municipal de Cultura que está marcada para amanhã, dia 11, às 16h00. Mas, até o momento não recebemos nenhum comunicado da diretoria do CMC. Na pauta está previsto a apresentação do projeto que irá qualificar vários agentes culturais nos dias 17, 18 e 19 de dezembro para participar dos editais abertos pela SECULT e apresentação dos critérios que definem a profissão de artista para as Câmaras Temáticas do Conselho de Cultura. Estes critérios são extramamentes importantes para definir o rumo das próximas eleições em março de 2013.

A outra reunião é a do FAEGSUL, na UESC, sexta-feira, dia 14, às 9h00, no auditório da Torre. Na oportunidade será apresentado o Plano de Trabalho do FAEGSUL para 2013. Entre as propostas estão o novo Curso de Gestão Cultural e a especialização em Gestão Cultural que a UESC irá oferecer.

Vamos comparecer e definir as políticas públicas que serão implementadas a partir destas reuniões.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A Cultura da Crítica de Artes Cênicas no Jornalismo


O Teatro Popular de Ilhéus promove o encontro “A Cultura da Crítica de Artes Cênicas no Jornalismo”. O objetivo é trocar informações sobre o exercício do jornalismo na cobertura de artes cênicas nos veículos impressos ou virtuais, perpassando as categorias reportagem, crítica e análise, tornando claro suas especificidades. E ainda partilhar ferramentas para análise dos principais elementos constitutivos da cena teatral segundo procedimentos jornalísticos basilares. A dramaturgia expandida (corpo, espaço) e a não representação são algumas das estratégias criativas contemporâneas a contracenar com as tradições do drama cuja força nunca cessa.

Segundo a assessoria de imprensa é basilar introduzir a história e o exercício da crítica. Propomos investigar uma anatomia do crítico: o sentido do seu trabalho, a vinculação com o objeto de estudo, em que medida colocar-se no lugar do outro. As demandas éticas e ideológicas do ofício desde os primeiros passos da formação e profissionalização da categoria artística, nos anos 1940, até os dias que correm.

domingo, 9 de dezembro de 2012

SELEÇÃO DE REPRESENTANTES TERRITORIAIS DE CULTURA



Secretaria de Cultura do Estado abriu seleção para Representantes Territoriais.
Para quê?
O Processo Seletivo Simplificado visa à seleção de 09 (nove) vagas para Técnico de Nível Superior para atuarem como Representantes Territoriais da Cultura nos Territórios de Identidade, para contratação pelo prazo determinado de 24 (vinte e quatro) meses, com possibilidade de renovação por igual período, uma única vez, com vistas ao desempenho de atividades relacionadas à sua Função
Até quando?
As inscrições serão realizadas no período de 14 a 26 de dezembro de 2012.