quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Seminário "Literatura em Movimento", em Uberlândia, tem a participação do nosso Diretor Artístico Pawlo Cidade

Pawlo e os alunos que interpretaram o Tesouro Perdido
Marcos, Welligton, Pawlo e Daniela em reunião na OPA!

O professor Marcos Barbosa foi o idealizador do Projeto Literatura em Movimento em parceria com a Escola 13 de Maio de Uberlândia e apoio de vários segmentos socioambientais como a OPA - Organização para a Proteção Ambiental. O seminário teve como mote a importância da arte e da literatura para a formação de cidadãos sociambientalmente melhores.

O seminário teve início hoje, dia 11/11, com a apresentação do projeto seguido pelo grupo Mãos e Tons. Depois, os alunos da Escola 13 de Maio apresentaram uma peça com fragmentos do livro "O Tesouro Perdido das Terras do Sem Fim", de Pawlo Cidade.

Amanhã, haverá mais apresentações culturais e o lançamento do livro Ecoteatro, seguido de uma sessão de autógrafos de Pawlo. Para Marcos, o Projeto Literatura em Movimento é apenas uma semente que terá ramificações maiores, sobretudo com o apoio da OPA!

Espetáculo ilheense “Cangaço” que narra a trajetória dos últimos dias de Lampião e seu bando realiza turnê por três territórios de identidade

Cena do espetáculo no Mercado Municipal em Aporá
Público de Valente, na Casa Brasil

A peça realizou uma turnê entre os dias 3 e 7 de novembro, por cinco cidades de três Territórios de Identidade baianos: Aporá (Agreste de Alagoinhas/Litoral Norte), Monte Santo, Queimadas e Valente (Sisal) e Jacobina (Piemonte de Diamantina).

O espetáculo narra os últimos dias de Lampião e seu bando pelo sertão nordestino, até a histórica manhã de 28 de julho de 1938, quando morreu o cangaceiro brasileiro. Escrito e dirigido por Pawlo Cidade, Cangaço representa o capítulo final de Lampião, Rei do Sertão, projeto nascido em 1994. Ao idealizar o projeto, Pawlo tinha duas metas: a primeira, montar a última parte da história de Virgulino Ferreira da Silva; a segunda, circular com o espetáculo por algumas das cidades que foram impactadas com a trajetória de Lampião.


“Os editais de montagem e de circulação de espetáculos teatrais são mecanismos complementares. Ao lançá-los, a Fundação Cultural se propõe a possibilitar que as produções sejam concretizadas e que também possam alcançar públicos diversos, num movimento de fortalecimento das artes cênicas da Bahia, em todo seu território. O espetáculo Cangaço retrata a capacidade produtiva dos grupos do interior do estado e a necessidade de investir para que eles estejam em permanente desenvolvimento”, afirma Gisele Nussbaumer, diretora da FUNCEB.

“A descentralização dos recursos do Estado, voltando sua atenção para as companhias, grupos e artistas independentes do interior, bem como a política de editais proposta têm contribuído enormemente para o fortalecimento da arte e da cultura em toda a Bahia. Prova disso é Cangaço”, comemora Pawlo Cidade, que é ator, produtor, autor e diretor de teatro, com 29 espetáculos montados, que vai repetir com seu grupo parte da viagem que Lampião fez com seu bando. “Nossa circulação pelo agreste baiano inicia-se em Aporá, cidade distante do nosso município de origem, Ilhéus, mais de 500 quilômetros”, destaca ele.

A turnê Na Trilha de Lampião circulou por municípios que contam a história de Lampião. A ação teve início no município de Aporá, em 3 de novembro, no Mercado Municipal – historicamente, consta que Lampião não entrou na cidade, mas esteve próximo, em Castro Alves, e provocou enorme alvoroço entre a população. Depois, no dia 4, passaram por Monte Santo, no Instituto de Educação, “a cidade que abastecia Lampião”; em seguida, no dia 5, por Queimadas, no Salão Paroquial, “a terra do massacre policial”; chegou então, no dia 6, a Valente, na Casa Brasil, “a cidade que passou a noite acordada esperando Lampião”; por fim, no dia 7, encerraram a jornada em Jacobina, na Associação Comercial e Industrial.

“O Teatro é, na sua essência, mambembe. Viajar com um espetáculo é experimentá-lo sob o olhar de públicos variados, é amadurecer a obra a partir desta experiência única de circular, neste caso, por um estado tão diverso quanto o nosso. Mecanismos que favorecem a itinerância são tão importantes quanto aqueles que promovem as produções – são parte de uma mesma engrenagem para o bom funcionamento do Teatro na Bahia”, define Gordo Neto, diretor de Teatro da FUNCEB.

Com os atores Val Kakau no papel principal e Andréa Bandeira vivendo Maria Bonita, o elenco de Cangaço traz ainda Ed Paixão, Ciro Nonato, Bruno Martinelli, Roma Góes e Kaique Cavalcante. Além das apresentações, aconteceram oficinas de formação sobre o processo de montagem e de criação dos personagens da peça, direcionadas a atores, grupos de teatro, artistas e jovens interessados.