sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

EDITORIAL

“Pedro e Équio, Équio e Pedro. Quando se foram, perguntaram quem
assumiria agora a função de perpetuar o legado cênico.”
P.C.
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OUTRAS VELAS PRECISAM SER ACESAS

“O Curumim Invisível”, dirigida por Pedro Mattos (terceiro em pé da D. para E.
Na foto ainda estão: Rita Santana, Orlone, Fábio Lago, Esther Santana, Carmen e Pawlo Cidade. Agachados: Lelê, Paulo Rosário, Pona, Ivan Souto e Xandoca/Foto: Joãozinho Alaketo

O saudoso Pedro Mattos, ator e diretor de teatro, foi um incansável batalhador das Políticas Públicas de Cultura. Acredito que, se não fosse por sua insistência, performances e vigília, o Teatro Municipal de Ilhéus e o Circo Folias de Gabriela (e não “da Gabriela” como ele sempre corrigia) não teriam saído. Evidente que não tiro aqui a vontade política do governante municipal da época. É importante salientar que foi o único a construir os referidos espaços.

Pedro Mattos foi gestor do Circo e chegou a ser do Teatro. Passou por vários cargos na Fundação Cultural. Conhecia de cabo a rabo toda a sua estrutura, criava projetos, montava peças e brigava nas reuniões com os artistas. Seja no seu grupo, o CTT – Companhia Talentos da Terra, do qual tive a honra de participar e subir ao palco do Municipal pela primeira vez com a personagem Curupira; seja na SACI – Sociedade de Arte e Cultura de Ilhéus. Pedro tinha seus desejos, suas ideias, suas convicções. Porém, ficou nisso. Pedro ficou doente. Pedro morreu.

Depois, foi a vez do emblemático Équio Reis. Um figurinista de mão cheia. Um cenógrafo de tirar o chapéu. É fato que ele e Pedro chegaram a trabalhar juntos, na Fundação Cultural. Entretanto, cada um tinha suas idiossincrasias. E isto foi louvável até certo ponto. Presenciei arranca rabos entre ambos. No entanto, no final, tudo acaba em pizza e muita gargalhada. Équio, o homem do teatro, fundador do Teatro Vila Velha, de Salvador, ator, diretor, cenógrafo, figurinista, dramaturgo e também criador do Teatro Popular de Ilhéus foi gerente do Teatro Municipal e assumiu alguns cargos também na Fundação Cultural de Ilhéus.

Pedro e Équio, Équio e Pedro. Quando se foram, perguntaram quem assumiria agora a função de perpetuar o legado cênico. Quem continuaria despertando o interesse aos jovens pela arte de interpretar. Quem não deixaria morrer os ideais de uma política pública que não fosse excludente. Em meio as indagações, escrevendo, produzindo e dirigindo seus espetáculos, surgiu um jovem com vontade de acertar. E ele começou pelo Teatro Infantil com a humorada “A Piranha e o Baiacu”. É bem verdade que Pedro e Équio se foram muito depois dele começar a produzir e descobrir talentos nas escolas públicas. Isto causou indiferença, mas não o impediu de continuar. Este jovem autodidata percebeu que qualificação, compromisso e responsabilidade não podiam ficar de fora de sua profissionalização. E foi o que fez. Se profissionalizou, germinou e até hoje planta sementes. Talvez esta seja sua missão: plantar sementes.

Paralelo a tudo isso também surgiram outros jovens como Lamartine Ferreira, Justino Vianna, Padre Joelson Dias, Bruno Susmaga e Hermilo Menezes; depois, Romualdo Lisboa com a ideia propagada por Équio Reis que o negócio era teatro de grupo.
Hoje, estou como conselheiro estadual da Câmara Setorial de Teatro. E quero continuar contribuindo com a categoria como sempre fiz. Talvez não mais aqui. Já dei minha contribuição. Outras praças me esperam. Outros espaços precisam de novas vigílias. Outras velas precisam ser acesas.

Pawlo Cidade
Diretor Artístico 




terça-feira, 18 de dezembro de 2012

ESPAÇO CULTURAL CASA ABERTA APRESENTA



A Associação Filtro dos Sonhos promove em Ilhéus: CIRCUITO TELA VERDE - 4ª Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente. O CIRCUITO TELA VERDE é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, coordenada pela Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental e executada pelo Departamento de Educação Ambiental em parceria com a Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura- Minc.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

EDITAL nº 002/2012 - FOMENTO SETORIAL PARA INSCRIÇÃO EM EDITAIS DA SECRETARIA ESTADUAL DE CULTURA POR ARTISTAS E/OU GRUPOS DO MUNICÍPIO DE ILHÉUS.


A Fundação Cultural de Ilhéus (FUNDACI), entidade vinculada à Prefeitura Municipal de Ilhéus, com fulcro no que dispõe a Lei Municipal nº 3.454, de 14 de Novembro de 2009 e o Decreto Municipal nº 90, de 04 de agosto de 2010 e o Conselho Municipal de Cultura torna público que realizará concurso para o provimento de recursos para inscrição via sedex com AR – Aviso de Recebimento, envelope bolha, confecção de portfólio, encadernação de formulários, cd e sua respectiva capa, nos Editais 2012 da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia e suas unidades executoras. Esta única chamada contemplará propostas cujo cronograma de ações se inicia no período supracitado nos Editais da SECULT.