quarta-feira, 15 de junho de 2016

CONSELHEIROS DE CULTURA DISCUTEM O FORTALECIMENTO DAS POLÍTICAS CULTURAIS NO INTERIOR DA BAHIA


Cinco integrantes do Conselho Estadual de Cultura farão parte de uma mesa de debate focada na importância de fortalecer as políticas culturais no interior da Bahia. O encontro será na próxima quinta-feira, 16, às 14 horas, quando a Sessão Plenária do órgão acontecerá no Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro, no território Sertão do São Francisco.

O Sistema Estadual e os Sistemas Municipais de Cultura estarão no centro das discussões com mediação do vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura, Emílio Tapioca, que preside a Associação de Dirigentes Municipais de Cultura da Bahia (AdimcBA). Compõem a mesa também o gestor da Superintendência de Promoção Cultural (Suprocult), Alexandre Simões, o superintendente de Desenvolvimento Territorial da Cultura (Sudecult), Sandro Magalhães, o promotor do Ministério Público Edvaldo Vivas e o escritor e especialista em gestão cultural Pawlo Cidade.

Todos os conselheiros apresentarão experiências e análises pertinentes ao setor da Cultura na contemporaneidade. O vice-presidente do órgão, Emílio Tapioca, defende que eventos desse porte servem como mobilizadores nos territórios de identidade e, portanto, funcionam como instrumento de diálogo e aproximação com os diversos segmentos culturais.

“As Sessões Plenárias itinerantes são uma prioridade ao fortalecimento dos Sistemas Municipais e Estadual de Cultura, além de ser a oportunidade de proporcionar ao conjunto dos conselheiros maior visibilidade deste cenário cultural, cuja territorialidade deve ser compreendida em todos os seus aspectos identitários”, defendeu.

DESAFIOS – O gestor da Suprocult, Alexandre Simões, explanará a respeito da importância do plano orçamentário no financiamento das políticas culturais, além dos desafios de manter o fomento à cultura em momentos de crise. Como o órgão é responsável por coordenar o Sistema Estadual de Fomento e Financiamento da Cultura, Simões abordará as perspectivas para o setor enquanto atividade econômica articulada, com ênfase na participação social.

O superintendente aguarda participação dos atores locais, como empresários, produtores, artistas e membros da sociedade civil na discussão ligada ao fomento à cultura, em especial o Fundo de Cultura. “O Fundo é a principal ferramenta de fomento à cultura. É uma referência no país, tanto no viés da Cultura, quanto no social e até mesmo no econômico, já que movimenta a economia e garante emprego e renda para vários profissionais. É também a ferramenta com maior capacidade de interiorizar as ações culturais”, comentou o gestor.

Já o superintendente da Sudecult, Sandro Magalhães, apresentará em Juazeiro o programa Municípios Culturais. A iniciativa funciona como uma convocação para que o poder público municipal possa contribuir com o desenvolvimento das diretrizes da política pública da Bahia, principalmente na territorialização da cultura.

Magalhães defende que a Sessão Plenária do Conselho de Cultura reunirá agentes culturais que desejam contribuir para aprimorar a territorialização da cultura na Bahia. “O Conselho Estadual de Cultura passou por uma importante reformulação através das eleições e da inclusão das representações dos territórios da Bahia. Plenárias descentralizadas servem para consolidar as políticas culturais desenvolvidas na Bahia, que devem contemplar a diversidade deste grande estado”, explicou.

Ainda com foco no âmbito municipal, o promotor Edvaldo Vivas apontará marcos legais que definem como o município precisa planejar sua atuação para garantir direitos culturais aos cidadãos. E para que as leis se materializem, o promotor apresentará instrumentos como o Plano Municipal de Cultura, o Conselho Municipal de Cultura, o Fundo de Cultura, as Conferências de Cultura, as leis de tombamento e registro de patrimônio, dentre outros itens.

“Realizar Sessões Plenárias fora da capital tem valor simbólico e efetivo. Demarca a importância real que se pretende ao falar em descentralização da política e da gestão da cultura no âmbito do estado da Bahia”, esclareceu o promotor.

DEMANDAS – Para falar do avanço dos Conselhos Municipais de Cultura no Brasil e sua relação com o poder público, o conselheiro de cultura Pawlo Cidade apontará como os Conselhos Municipais servem para dar visibilidade, legitimidade e transparência à gestão da cultura.

“Os conselhos de cultura têm como principal objetivo evitar que o gestor cultural tenha uma visão distorcida do protagonismo cultural. Fortalecer os agentes culturais, as ações transversais e esclarecer esse protagonismo cultural são as prioridades na discussão. Cultura é mola de desenvolvimento econômico, é a única capaz de resolver o maior problema cultural do nosso tempo: a educação”, disse.

SERVIÇO
O que: Sessão Plenária do Conselho Estadual de Cultura
Onde: Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro, na Rua José Petitinga, s/n.
Quando: 16 de junho, em dois turnos (9h às 12h e das 14h às 18h)

Entrada gratuita