domingo, 18 de outubro de 2009

DIRETOR DA TIA MARITA PARTICIPA DE CONFERÊNCIAS DE CULTURA


Pawlo Cidade, diretor presidente da Comunidade Tia Marita, vice-presidente do Fórum de Agentes, Empreendedores e Gestores Culturais do Litoral Sul – FAEG-SUL e atual Assessor de Cultura da Fundação Cultural de Ilhéus vem realizando uma série de discussões sobre a implantação do Sistema Municipal de Cultura e os Eixos norteadores da Conferência Nacional de Cultura, a ser realizada em março de 2010.
Responsável por coordenar os Eixos: 1)Produção Simbólica e Diversidade Cultural; 2) Cultura, Cidade e Cidadania, 3) Cultura e Desenvolvimento Sustentável; 4) Cultura e Economia Criativa e 5) Gestão e Institucionalidade da Cultura em Ilhéus, em 18 e 19 de setembro, na I Conferência deste município, sob a presidência do talentoso Maurício Corso – diretor da Fundaci, Pawlo foi também convidado no dia 30 para apresentar “o Diálogo sobre o Sistema Municipal de Cultura”, na Conferência de Itabuna; em seguida, foi responsável pela fala inspiradora e apresentação do Sistema no distrito de São João do Paraíso, cidade de Mascote. No dia 19 de outubro, abordará o Eixo 2: “Cultura, Cidade e Cidadania”, na cidade de Jussari, no período da manhã, e a tarde estará em Arataca para mediar o Eixo 5: “Gestão e Institucionalidade da Cultura”. Dia 20, será a vez de Canavieiras também ouvir o debate sobre o eixo 5.
Para Pawlo Cidade, “os municípios precisam estar fortalecidos e preparados para implantar o Sistema Municipal de Cultura. Mais do que isso, precisam instituir os elementos e as instâncias de suas gestões de forma a entrar em sintonia com os Sistemas Estadual e Federal de Cultura, para que cada um possa assumir suas responsabilidades”.
As conferências municipais de cultura terminam com a realização da Conferência Territorial, marcada para os dias 24 e 25 de outubro, no campus da UESC, auditório Paulo Souto.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

TIA MARITA E PENALTY FAZEM PARCERIA

Cena do teatro-empresa. Uma linha que tem aberto portas

A PENALTY, fábrica de material esportivo, situada nas cidades de Itabuna e Itajuípe firmou parceria com a Tia Marita, para a montagem do espetáculo "Clínica do Gerenciamento". A "Clínica" irá fazer o diagnóstico dos principais problemas que a empresa vem apresentando em suas mais diversas áreas. Segundo o diretor Pawlo Cidade, "o objetivo é apresentar de forma lúdica, assuntos importantes e imprescindíveis para o bom rendimento do colaborador na empresa". Temas como COMUNICAÇÃO, BAIXA PRODUTIVIDADE, DESMOTIVAÇÃO, ALTO ÍNDICE DE REFUGO, QUALIDADE serão discutidos no espetáculo. "Nós pretendemos retratar as doenças e os males que podem ocorrer numa empresa", afirma Ancelmo Passos, responsável pela Gestão de Qualidade da Penalty.
A estreia está prevista para 05 de dezembro, no Hotel Canabrava, em Ilhéus.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

CULTURA, DIVERSIDADE, CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO


Pela primeira vez na história da cultura ilheense, artistas, produtores, gestores, conselheiros, empresários, patrocinadores, pensadores e ativistas da cultura, e a sociedade civil em geral terão a oportunidade de discutir a cultura deste município nos seus múltiplos aspectos, valorizando a diversidade das expressões e o pluralismo das opiniões. E ainda propor estratégias para: fortalecer a cultura como centro dinâmico do desenvolvimento sustentável; universalizar o acesso dos ilheenses à produção e fruição da cultura; consolidar a participação e o controle social na gestão das políticas públicas de cultura; implantar e acompanhar os Sistema Municipal de Cultura e o Plano Municipal de Cultura; e avaliar os resultados obtidos a partir da 1ª Conferência Municipal de Cultura, que será realizada entre os dias 18 e 19 de setembro de 2009, no Teatro Municipal de Ilhéus.

Os preparativos para a Conferência deram início com a Oficina de Planejamento Estratégico para a Cultura onde diversos atores sociais puderam apresentar propostas culturais que possam ser efetivadas no Plano Plurianual – PPA.

Além de deliberar sobre os principais entraves da cultura local, a Conferência visa estimular a criação e o fortalecimento de redes de agentes e instituições culturais de Ilhéus, da Bahia e do país, para dar prosseguimento, em caráter permanente, às discussões e articulações.
A Conferência é um espaço destinado ao encontro entre cidadãos e representantes do governo, com o objetivo de debater e propor políticas, programas e ações para serem desenvolvidas nos próximos anos. O Poder Público Municipal é responsável pela convocação, regulamentação e realização da Conferência.

É bom salientar que, tudo que for discutido nela deverá estar contemplado nas diretrizes e critérios estabelecidos no Regulamento da III Conferência Estadual de Cultura da Bahia (de 26 a 29 de novembro de 2009, aqui em Ilhéus) e no Regimento Interno da II Conferência Nacional de Cultura.

Cada Conferência Municipal de Cultura tem suas especificidades e deve abordar temas pertinentes à realidade do município. Com o objetivo de integrar seus resultados aos trabalhos das Conferências Estadual e Nacional de Cultura, sugere-se que o município adote o temário e o desenvolvimento metodológico da II Conferência Nacional de Cultura, cujo tema central é: CULTURA, DIVERSIDADE, CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO.

A proposta de metodologia da II Conferência Nacional de Cultura tem duas particularidades:
a) Pretende coletar, a partir de cinco eixos temáticos, propostas de estratégias, ou seja, identificar as necessidades e demandas e propor ações ou caminhos mais adequados para que tais necessidades sejam atendidas.
b) Irá identificar à qual ente federativo (municipal, estadual e nacional) cabe a responsabilidade de executar tal estratégia.

Para que isso seja possível, a realização de Conferências Municipais é fundamental, pois são nelas que serão coletados os subsídios para as discussões territorial, estadual e nacional.
Os Eixos que serão abordados na Conferência Municipal de Cultura são: Produção Simbólica e Diversidade Cultural; Cultura, Cidade e Cidadania; Cultura e Desenvolvimento Sustentável; Cultura e Economia Criativa e Gestão e Institucionalidade da Cultura.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

"CULTURA É UM BOM NEGÓCIO"


Para quem ainda não compreendeu que “Cultura é um bom negócio” – máxima encabeçada há alguns anos pelo Ministério da Cultura, eis alguns dados que certamente poderá mudar o pensamento daqueles que não consegue enxergar que a cultura pode ser mola de desenvolvimento econômico de um município.
No final de 2006, o IBGE e o MinC publicaram mais um estudo através do Sistema de Informações e Indicadores Culturais. O objetivo final deste estudo consistia em traduzir em números e cifras a dimensão econômica da cultura no Brasil. Ele foi elaborado a partir de estatísticas do ano de 2003 sobre a produção de bens e serviços, os gastos das famílias e do governo e as características da mão-de-obra ocupada no setor.

O Sistema revelou que:
- A cultura corresponde ao 4º. item de consumo das famílias brasileiras, superando os gastos com educação e abaixo da habitação, alimentação e transporte;
- A cultura tem um custo de trabalho muito abaixo da média e movimenta empregos qualificados, com alto grau de especialização.

Na edição de 2007 da mesma pesquisa, novos dados sobre a economia da cultura foram apresentados, tendo como referência 2003 a 2005:

- A receita líquida movimentada pelo setor passou de R$ 165,3 bilhões, em 2003, para R$ 221,9 bilhões, em 2005;
- Foram criadas 52.321 empresas, órgãos da administração pública e entidades sem fins lucrativos no setor cultural, que representaram um aumento de 19,4%, passando de 269.074 para 321.395, nesse período;
- Houve crescimento de 203.845 pessoas ocupadas, com salário médio de R$ 1.565,74 (47,64% superior à média nacional de R$ 1.060,48 reais) totalizando em 2005 1,6 milhões de ocupados;
- A despesa per capita total com cultura no Brasil passou de R$ 12,90, em 2003, para R$ 17,00, em 2005;
- Os gastos públicos alocados no setor cultural aumentaram de aproximadamente R$ 2,4 bilhões, em 2003, para R$ 3,1 bilhões, em 2005, em valores correntes.
A Bahia é um exemplo de afirmação desta mudança de Mercado Cultural a partir dos anos 90. A explosão do Axé Music e a expansão da Indústria do Carnaval contribuíram enormemente para a ascensão do baiano no mercado cultural. “O movimento cultural baiano que vai muito além da música destinada ao consumo de massa – ganhou peso a partir da valorização das “cores locais” e da associação com o turismo”.

Para nós (hemisfério sul), Televisão, cinema, design, etc, elementos das indústrias criativas não são as chaves de desenvolvimento! A chave do desenvolvimento está no local. “Você não vai ter desenvolvimento se tiver uma indústria fonográfica forte com cinco grandes selos. Você vai ter desenvolvimento se tiver cem pequenos selos, que vão ser produzidos de uma outra forma, que provavelmente terão interface com uma gestão de economia solidária”, afirma a empreendedora cultural Lala Deheinzelin, de São Paulo. Ela ainda complementa ao declarar que “quando você trabalha com a inclusão produtiva e social de um grupo, ele passa não apenas a ter cidadania, como também a ser consumidor. Se você olhar a pirâmide de consumo mundial, vê que 30% a 40% da população são considerados “mercado”. 60% a 70% estão fora. Mas se você melhora a vida desses 60% a 70%, você inclusive resolve o seu problema de mercado, isso sem falar no resultado social, simbólico etc”.

Apesar de todo crescimento apresentado pelo setor cultural e mais ainda com o Programa Mais Cultura do MinC, de acordo com o IBGE nós temos:

l 78,1% dos municípios brasileiros sem museus;
l 91,3% sem salas de cinema;
l 78,8% sem teatros;
l 75,2% sem centros culturais;
l 40,2% sem uma loja de CDs
l 70% sem uma única livraria.
A chave do segredo cultural está em investir no local. Pronto! Agora já não é mais segredo.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

É POSSÍVEL VIVER DE TEATRO?

Montagem do cenário de Cangaço

Algumas pessoas da área cênica costumavam afirmar (e ainda o fazem até hoje), que eu sou o único produtor cultural deste município que consegue ter resultados positivos no projeto de meus espetáculos. Se concordasse com isso estaria sendo leviano e egoísta.

Se há resultados positivos isto é meta traçada pelo Planejamento Estratégico (P.E.). É ele quem fará com que você tenha o resultado esperado. Mas, outros poderão indagar: “o planejamento estratégico sempre dá certo?” Em noventa e nove por cento dos casos eu diria que sim. É o P.E. responsável pela execução de ações para alcançar os objetivos desejados; é ele quem permite a mudança de comportamento; é o instrumento certo para as futuras tomadas de decisão. E o mais importante: ELE NÃO DEVE SER APENAS UM DOCUMENTO!

Talvez esta última informação seja o principal motivo do fracasso de algumas produções teatrais. É preciso responder a uma série de indagações que permeiam uma produção teatral. Não basta montar algo para satisfazer o seu ego. É preciso investir em algo que você tenha certeza de que haverá retorno, seja ele financeiro ou não.

O P.E. cria o direcionamento, pois, previamente é analisada as condições externas e internas às quais sua futura produção será submetida. Portanto, nunca é demais responder: “Para quê eu vou montar esta peça?” “O que tem este espetáculo que fará com que as pessoas venham ao teatro?” “Quem eu quero atingir com este tema?” “O elenco será capaz de satisfazer as necessidades desta produção?” “Que estratégias desenvolverei para atrair as pessoas?”

Lembre-se: “ESTRATÉGIA” está ligada a “ESCOLHAS” ou a respostas que damos às perguntas que formulamos. O P.E. representa para os produtores teatrais a possibilidade de selecionar, entre os vários caminhos possíveis, aqueles que se apresentam como mais adequados para se alcançar os objetivos traçados para o espetáculo.

O Planejamento Estratégico é o caminho que conduz o produtor cultural de teatro para escolher e direcionar o futuro do seu espetáculo. Uma vez apontado os caminhos é possível sim viver de teatro. Se agirem assim os produtores estarão aptos a atuarem no contexto de grande mudanças no qual estão inseridos. Afinal, o P.E. será aquele que lhe mostrará a saída quando algum dos objetivos específicos não são alcançados.


sexta-feira, 15 de maio de 2009

SENTIR, QUERER, AGIR

Silvestre Guedes

Nosso antropólogo teatral, digo “nosso”, pela amizade e companheirismo, pela simplicidade e determinação, pelo profissionalismo e objetividade. Tantos adjetivos assim só poderiam ser enumerados ao “antropo-cênico” Silvestre Guedes que muito contribuiu na montagem de Cangaço.
O Centro do Círculo Pesquisa Teatral, grupo sob sua direção, estará selecionando atores e co-atores, bailarinos e co-bailarinos para sua próxima montagem. Os interessados deverão apresentar uma cena com duração máxima de três minutos, individualmente; a idade não poderá ser inferior a 16 anos e ele ainda solicita que compareçam com roupa de trabalho: tecido leve e folgado no corpo.
As audições ocorrerão nos dias 23 e 30 de maio e 06 de junho, no Centro de Cultura Adonias Filho, em Itabuna, a partir das 15:00 horas. Ele informa ainda que os candidatos podem participar dos três dias da audição. Não haverá taxa de inscrição e serão selecionados 25 integrantes.
O ator e diretor Silvestre Guedes teve sua formação profissional com diretores conhecidos como Eugênio Barba (Itália), Allan Marratrat e Soutigui Kouiate (França), Kazuo Ono, Hiroshi Koike e Min Tanaka (Japão), Stéfan stroux e Anna Kouler (Alemanha), Zé Celso, Ulisses Cruz, Héctor Babenco e Antunes Filho.
O grupo no qual coordena, há dez anos realiza pesquisa de linguagem, tendo na “tri-membração” (expressão de sua autoria) do homem o motivo das suas pesquisas: sentir, querer, agir. Esta tríplice perspectiva, proposta por Silvestre, nos faz recordar alguns estudos propostos por egiptólogos que consideram o sentir como o “sentimento puro”, o querer como a “vontade pura” e o agir como a “ação pura”, embora eles ainda adicionem a razão pura que seria o “pensar”. Pelo sim, pelo não, toda interpretação quando ela é antropológica, é, ao mesmo tempo orgânica. Palavra discutida amplamente - embora Stanislavsky já propusera anos antes - em todos os grupos que se propõem à pesquisa teatral. A poeta Maria Aparecida Giácomini Dóro, em “Compromentimento”, nos diz:


“Vá em direção a si mesmo.
Torne-se verdadeiramente quem você.
Eu não posso pensar, sentir, querer e agir por você.
Mas eu estou com você.”


E neste e em todos os trabalhos que se dedica Sivestre Guedes está o tempo inteiro com seus alunos-atores.


Maiores informações: centrodocirculo@yahoo.com.br ou pelo telefone 73.8829.1890.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

ATOR DE CANGAÇO VENCIDO PELA DENGUE


Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, interpretado pelo ator Val Kakau (foto) foi acometido pelo mal da dengue. Quer dizer, não o personagem, mas sim o ator. É que ator e personagem se confundem e então a gente acaba dizendo que quem pegou a dengue foi Lampião e não Val Kakau.
Na manhã de sábado (9) foi levado ao Pronto Socorro do Hospital Regional Luís Viana Filho, em Ilhéus, onde foi diagnosticado o fato. Depois de medicado, foi liberado e encontra-se em repouso. Estamos torcendo para que Virgulino, digo, Val, se recupere logo para a apresentação de quinta-feira, na Faculdade de Ilhéus. Companheiros e amigos desejam melhoras!
"Senti um formigamento, tontura e tudo que eu comia colocava pra fora", declarou o cangaceiro, ou melhor, o ator. As autoridades sanitárias ainda não sabem onde Val adquiriu a dengue. Mas, desconfiam que a Central de Abastecimento, no Malhado, reduto do Cangaceiro, está infestado do mosquito assassino. A população está assustada: "Se até Lampião foi atingido, que dirá de nós, pobre coiteiros", pilheriou um vizinho do ator.

sábado, 9 de maio de 2009

CANGAÇO NA FACULDADE DE ILHÉUS


O espetáculo teatral Cangaço – Prêmio de Apoio a Montagem de Teatro do Estado da Bahia - foi convidado para abrir a IV Feira de Negócios e Oportunidades da Faculdade de Ilhéus. A apresentação será às 20h30, desta quinta-feira, dia 14 de maio. Será uma oportunidade ímpar para os universitários conhecerem de perto o trabalho do Grupo Teatro Total.

Desde que teve sua estreia em abril deste ano, a peça tem sido aplaudida e elogiada em cada apresentação. “É fato que precisamos melhorar ainda mais. São as apresentações que permitem a lapidação da obra. O elenco vai se fortalecendo cada vez que pisa o tablado. Afinal, a experiência parte do princípio da convivência diária e as sucessivas apresentações”, enfatiza o diretor do espetáculo Pawlo Cidade.

Na opinião da professora Maria Luiza Heine, responsável pela pesquisa histórica do texto e professora titular da instituição: “A apresentação de Cangaço fortalece a relação entre a Faculdade e a classe artística local. A Faculdade também busca a interação entre Cultura e Educação, pois elas não podem viver dissociadas”.

A entrada para assistir ao espetáculo será franqueada aos estudantes, professores e a comunidade e acontecerá no auditório Adélia Melo. O apoio cultural é da Fundação Cultural de Ilhéus e do Diário de Ilhéus e o apoio institucional da Fundação Cultural do Estado da Bahia, Fundo de Cultura, Governo do Estado da Bahia, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura.

sábado, 2 de maio de 2009

NOVO CURSO DE PROJETOS EM JULHO


Previsto para os dias 02 e 03 de julho, a Associação Comunidade Tia MARITA estará promovendo mais um curso de Elaboração de Projetos. Desta vez o foco irá recair sobre os “objetivos”. “Traçar bem o que se deseja num projeto cultural é de fundamental importância para a consecução de suas metas”, afirma a vice-presidente da Comunidade, Viviane Siqueira.

O curso será coordenado pelo professor e agente cultural Pawlo Cidade, que também preside a Comunidade. Segundo ele, “o objetivo – principalmente o objetivo geral – deve dizer o que o empreendimento faz e que quer alcançar. Algumas questões devem permear o objetivo geral, pois elas também podem dar a direção, o tom e a formação da equipe. É preciso declarar amplamente e explicar o que seu empreendimento quer alcançar; explicar a natureza do empreendimento e seus princípios; colocar de maneira geral para poder adaptar a mudanças e circunstâncias; deve ser curto e claro; inspirar compromisso, inovação e coragem”.

ONGs, grupos culturais, empresários, profissionais liberais, professores e estudantes podem participar da oficina. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo e-mail: comunidadetiamarita@hotmail.com

Sua inscrição será validada após e-mail de confirmação.

Calendário de editais 2009 é divulgado pela Secult-BA

A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA) divulgou na quarta-feira, 25 de março, o calendário de seleções públicas para 2009, entre editais e “chamamentos”. Entre as 40 seleções públicas previstas para os próximos três trimestres, algumas contemplam categorias inéditas, como Obras em Patrimônio (execução de obras de restauração de bens imóveis tombados), Dinamização de Museus (voltado à preservação e difusão de acervos pertencentes a instituições museais privadas e comunitárias), Produção Dramatúrgica (criação de texto teatral inédito), Festivais e Mostras de Audiovisual, Bíblia para Animação (produção de episódio-piloto e desenvolvimento de projeto completo de série de animação) e fortalecimento e apoio à implantação de arquivos baianos. Alguns desses novos editais serão lançados como respostas da Secult-BA a demandas verificadas junto à sociedade.O Calendário de Seleções Públicas para 2009 da Secult-BA também abrange áreas como residência artística no exterior, montagem de dança, curadoria e montagem de exposição, produção de conteúdo digital em música, produção de longa e curta-metragem, edição de livros de autores baianos, criação literária, fomento à leitura e a bibliotecas comunitárias e apoio ao circo, entre vários outros.
Clique aqui: http://www.cultura.ba.gov.br/noticias/plugcultura/calendario-de-editais-2009-e-divulgado-pela-secult-ba-1 e confira o Calendário de Seleções Públicas para 2009.

terça-feira, 14 de abril de 2009

LAMPIÃO - UMA VIAGEM PELO CANGAÇO


Como todas as lendas que tendem a tornar-se maiores que os fatos, Lampião e sua saga pelo nordeste brasileiro contem todos os elementos de aventura, romance, violência, amor e ódio das grandes histórias da humanidade. Jogado na clandestinidade após o assassinato de seu pai, Lampião foi o maior cangaceiro (nome dado aos foras-da-lei que viveram de forma organizada, no final do século passado e início deste, na região do nordeste brasileiro) de todos os tempos.
Percorreu sete estados da região nordeste durante as décadas de 1920 a 1930, levando sangue, morte e medo à população do sertão. Causou grandes transtornos à economia do interior e sua história é um misto de verdades e mentiras. No início da década de 30, mais de 4 000 soldados estavam em seu encalço, em vários estados.

Seu grupo contava então com 50 elementos entre homens e mulheres. Tornou-se amigo de coronéis e grandes fazendeiros que lhe forneciam abrigo e apoio material. Lampião é odiado e idolatrado com igual intensidade, estando sua imagem viva no imaginário popular mesmo após 70 anos de sua morte. Sua influência nas artes - música, pintura, literatura e cinema - é impressionante.

Para apreciar de perto parte dessa história, fartamente ilustrada com fotos e documentos da época, o Grupo Teatro Total, dirigido por Pawlo Cidade e em cartaz com o espetáculo CANGAÇO, em parceria com a Fundação Cultural de Ilhéus e a empresa DANA apresenta a exposição: LAMPIÃO - UMA VIAGEM PELO CANGAÇO. São 24 painéis do Projeto “Cultura Itinerante Dana”. A Dana é uma empresa fornecedora de tecnologias para eixos, cardans, chassis, estruturas, vedação e gerenciamento térmico e de componentes de reposição originais do segmento automotivo. Sediada em Toledo, nos Estados Unidos, a Dana emprega 25.000 colaboradores em 26 países e tem filiais em São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná.

A exposição poderá ser vista no foyer do Teatro Municipal de Ilhéus até o dia 24 de abril, com visitação em horário comercial. A entrada é gratuita.

sábado, 14 de março de 2009

PROJETO QUINTAS DO TEATRO

Funceb lança edital para a a seleção de 20 (vinte) propostas de apresentações de espetáculos teatrais, inéditos ou não, de grupos, companhias ou artistas independentes do Estado da Bahia, de teatro de sala e de rua, profissional e amador, para compor o Projeto Quintas do Teatro, nas categorias a seguir.1. CATEGORIA 1: 16 (dezesseis) propostas de espetáculos de “teatro de sala”;2. CATEGORIA 2: 04 (quatro) propostas de espetáculos de “teatro de rua”.Cada proposta selecionada fará apresentação única que deverá ser seguida de debate com o diretor do espetáculo, membros do grupo e/ou convidados. As apresentações serão realizadas no Cine-Teatro Solar Boa Vista e no Espaço Xisto Bahia, em Salvador, 10 (dez) em cada local, exceto os espetáculos de “teatro de rua”, que deverão acontecer ao ar livre, preferencialmente em espaços públicos do Centro Histórico de Salvador ou bairros periféricos, entre os meses de julho e outubro de 2009, em datas a serem definidas pela FUNCEB. Cada proposta selecionada receberá um cachê no valor bruto de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Buscando incentivar o desenvolvimento do teatro em todo Estado da Bahia, fica assegurada a seleção de, pelo menos, 06 (seis) propostas de proponentes residentes no interior. Os proponentes do interior selecionados receberão uma ajuda de custo para transporte no valor de até R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais) por pessoa, a ser definido pela FUNCEB conforme a distância da cidade de origem, além de hospedagem pelo período de 02 (dois) dias para a equipe. O Projeto Quintas do Teatro prevê a realização de apresentações a R$ 2,00 (dois reais) a inteira e R$ 1,00 (um real) a meia. A verba arrecada com a venda de ingressos será revertida para o Cine-Teatro Solar Boa Vista e Espaço Xisto Bahia. O valor total em cachê disponível para as propostas selecionadas será de R$ 100.000,00 (cem mil reais), mediante recursos provenientes da Fundação Cultural do Estado da Bahia. As inscrições presenciais serão realizadas no período de 16 de fevereiro a 08 de abril de 2009, na sede da Fundação Cultural do Estado da Bahia - FUNCEB, de segunda a sexta-feira, das 14 às 18h, no endereço Rua Gregório de Mattos, 29, Pelourinho, Salvador. Para saber mais www.cultura.ba.gov.br/apoioaprojetos/editais/apresentacao

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

VIVA A ARTE EM VOCÊ E NÃO VOCÊ NA ARTE


Tentar, experimentar. Estes são os princípios do ensaio. Com ele e por meio dele vão surgindo as cenas e o espetáculo. Entre possibilidades e experimentações, o ator vai descobrindo que pode avançar, que pode sempre ir um pouco mais. O teatro, segundo Peter Brook, talvez seja uma das artes mais difíceis porque requer três conexões que devem coexistir em perfeita harmonia: os vínculos do ator com sua vida interior, com seus colegas e com o público. É, através do ensaio e consequentemente nas apresentações do espetáculo, que o ator vai fortalecendo estes vínculos e permitindo uma atuação mais orgânica, mais visceral.

Nesse sentido – e Renato Ferracini foi feliz ao afirmar isso no seu trabalho sobre o grupo Lume de Campinas – o ator em Estado Cênico é um ser múltiplo por natureza e toda e qualquer reflexão do trabalho de ator, mesmo que se possa definir de maneira clara o recorte de discussão, jamais poderá ignorar completamente as relações multidimensionais e multifacetadas de seu trabalho.

O gaúcho Daniel Freitas acredita que para um ator dominar seu corpo e a técnica de atuação seja ela qual for significa saber o que ocorre com seu corpo, a teoria que envolve ele e saber se expressar verbalmente sobre seu estudo teatral pessoal.
É comum os estudiosos de teatro identificarem outra dimensão – que não a orgânica. Trata-se da “técnica”. Ou seja, a faculdade operativa do ator em articular sua arte de maneira concreta. Uma vez dominada essa habilidade o ator a partir de sua criação estaria pronto para animar esta “técnica” dando-lhe “vida” e organicidade. Talvez criando aí um dualismo no trabalho do ator entre Forma e Vida.

A busca de uma criação orgânica, em que o ator esteja inteiro e integrado na ação cênica e a dimensão estética e ética, trouxe para o teatro a recuperação do seu verdadeiro sentido: "viva a arte em você e não você na arte". Este conceito tornado prática nas experiências do teatro foi proposto pela primeira vez pelo mestre Stanislavski. Ela vem trazer uma nova dimensão a esta arte: a união do homem e do artista, a dedicação, a generosidade, a disciplina, a sensibilidade, a formação constante do ser inteiro do ator, o jogo dialético da interioridade e da exterioridade.
Num primeiro momento, Stanislavski busca abrir o caminho das potencialidades criativas de seus atores. Potencialidades profundamente ocultas, que serão descobertas durante o processo de trabalho, através de atividades que preparem o ator para o trabalho criativo. Ele vai buscar no inconsciente a fonte para esse processo. "Não me falem de sentimentos, não podemos fixar sentimentos, só podemos fixar as ações físicas".