sábado, 26 de novembro de 2011

Ilhéus e Itacaré receberão o Festival Bahia Sound System


A segunda edição do Festival Bahia Sound System (BSS) acontece em Dezembro e vai movimentar as cidades de Ilhéus e Itacaré com atrações que tem em comum a referência nos sistemas de som jamaicanos. Em Ilhéus, o Festival será realizado dia 10, no Vagão, em Olivença. Em Itacaré, será dia 18, na praia da Tiririca. A entrada é franca.

O evento integrará, em apresentações conjuntas, nomes como: DubStereo (BA), OQuadro (BA) e Buguinha Dub (PE), como shows de base que acontecerão nas duas cidades. Em Ilhéus, haverá participação especial de Lucas Santtana e da atração internacional Indee Styla. Em Itacaré marcam presença: Lurdez da Luz (SP), B.Negão (RJ), além das intervenções do Ambulante Original, carrinho de som sob direção do seletor Dudoo Caribe (BA).

Bahia Sound System é um festival de conceito inovador, que traz para o interior do estado a possibilidade de mostrar vertentes e experiências musicais contemporâneas que já são reconhecidas mundialmente.

Além de muita música, serão colhidos registros audiovisuais e fotográficos que buscam documentar os desdobramentos dos sound systems (sistemas de som) jamaicanos que, com este festival, ganham uma versão baiana e brasileira na forma de fazer música.

O BSS oferece também a oficina de produção musical, com Buguinha Dub, voltada para profissionais da cadeia produtiva da música. A oficina será dia 09 de dezembro, na Casa dos Artistas, às 15h. As vagas são limitadas e os interessados já podem se inscrever gratuitamente. 

Festival Bahia Sound System é patrocinado pela Vivo, com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (FazCultura) e integra o Conexão Vivo. A realização é do Coletivo Prumo.

Fonte: Tacila Mendes/Comunicóloga/DRT 6795   

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

APROVADA POR UNANIMIDADE A LEI ORGÂNICA DA CULTURA DA BAHIA


Foi aprovada por unanimidade na tarde desta terça-feira (22) a Lei Orgânica da Cultura, que tem como um dos destaques, a implantação do Sistema Nacional de Cultura além da regulamentação do Plano Estadual de Cultura. “A cultura sofre porque tem políticas instáveis. Com o plano, teremos a previsão de políticas para 10 anos e isso ajuda bastante a criadores e para a sociedade em modo geral”, explica o secretário de cultura do estado da Bahia, Albino Rubim. Representantes da bancada de governo e da oposição indicaram a votação a favor pelo projeto.

O secretário explicou que para o desenvolvimento da cultura é necessário que a União, o Estado e os municípios interajam entre si para poder fomentar a atividade. “Com o sistema de Cultura, teremos como facilitação de tramitação de recursos, assim como acontece com outras secretarias, como a saúde”, diz.
Encaminhado para avaliação do Legislativo pelo governador Jaques Wagner no dia 14 de outubro, o projeto de lei foi elaborado pela Secretaria de Cultura do Estado após ampla discussão com a sociedade e a comunidade cultural. A Lei foi um dos principais destaques da III Conferência Estadual da Cultura, realizada em 2009 e que posteriormente passou por consulta pública.

A presidente da associação dos Dirigentes Municipais de Cultura da Bahia, Normelita Oliveira, destaca a importância da Lei Orgânica. “A Lei Orgânica vai garantir o Sistema Nacional de Cultura. A Bahia é um estado que está se organizando em termos de construção de políticas para a cultura. É um estado que há cinco anos começou a se destacar em políticas culturais. Todo esse trabalho envolve 417 municípios e bis leva a pensar nessa lei que vai garantir a implantação do nosso sistema”, revela.

O presidente do sindicato dos artistas e técnicos em espetáculos de diversão do estado da Bahia – Sated, Fernando Marinho, também é um dos favoráveis a implementação da Lei. “A Lei de Cultura é um resultado, já que ela repensa o sistema de cultura do Estado. Ela revê ainda o Fundo de Cultura e o Fazcultura, ambos, incentivos culturais. A Lei dará um novo formato para cultura. A maior dificuldade em trabalhar sem um sistema de cultura é ter dificuldade nos três níveis de gestão. Quando temos um sistema definido, temos possibilidades de articulação, principalmente facilitando o repasse de recurso”.

Fonte: G1 BA
Texto: Ingrid Maria Machado

Oficina de Iluminação para Artes Cênicas é promovida em Salvador pela FUNCEB e Funarte


A Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), unidade da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), em parceria com a Fundação Nacional de Artes (Funarte), vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), promove em Salvador a Oficina Técnica Iluminação para Artes Cênicas, que oferece 30 vagas gratuitas para artistas e técnicos, profissionais e amadores, iniciantes em iluminação. As aulas, ministradas pela atriz, diretora, iluminadora e produtora Fernanda Paquelet, serão realizadas de 28 de novembro a 2 de dezembro (segunda a sexta), das 8 às 12 horas, no Espaço Xisto Bahia. As inscrições podem ser feitas até 25 de novembro (sexta-feira), através do e-mail teatrofunceb@gmail.com.

Dos cinco dias de aula, somando carga horária total de 20 horas, dois encontros serão de conteúdo teórico e três para atividades práticas dentro do teatro. No conteúdo, estão textos teóricos, análise de refletores, ângulos, cores e intensidade, noções básicas de eletricidade (voltagem, amperagem), sistemas analógico e digital, processo de criação de luz para peça de teatro, montagem e confecção de roteiro (identificação das deixas) e noções básicas de operação de luz.

Os alunos receberão confirmação da validação de sua vaga, através do e-mail, até o dia 27 de novembro (domingo). Os participantes devem cumprir 80% de presença nas atividades para receber certificado do curso.

Oficina de Iluminação para Artes Cênicas
Ministrante: Fernanda Paquelet
Inscrições: até 25/11, pelo e-mail teatrofunceb@gmail.com (confirmação de inscrição será recebida até 27/11, domingo)
Aulas: de 28/11 a 2/12, segunda a sexta, das 8 às 12 horas
Local das aulas: Espaço Xisto Bahia (Rua General Labatut, 27, subsolo da Biblioteca Pública do Estado da Bahia – Barris. Salvador/BA)
Quanto: Gratuito
Realização: FUNCEB/SecultBA | Funarte/MinC

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Cultura dos editais – O remédio amargo dos artistas


Resolvi compartilhar este ponto de vista do site Cultura e Mercado e abri um enquete (veja no lado direito do blog) sobre a questão dos Editais no Brasil. Afinal, você é contra ou a favor?

O artista que passa o tempo recluso na solidão do atelier, trabalhando, desenvolvendo sua experiência estética, como um operário da linguagem e do pensamento, está em extinção. É coisa de museu. Ou melhor, é raridade nos museus de arte, hoje em dia, que estão deixando de ser instituições de referência da memória para servir de cenários para legitimação do espetáculo. Às vezes com míseros recursos que ficamos até sem saber, quando deparamos com baldes e bacias nessas instituições, se são para amparar a pingueira do telhado ou se trata de uma instalação, contemplada por um edital para aquisição de obras contemporâneas. O que interessa na politica cultural nem sempre é a arte e a cultura, e sim, o glamour. Em nome da arte contemporânea faz-se qualquer coisa que dê visibilidade.

As políticas públicas foram relegadas às leis de incentivo à cultura e aos editais públicos. Nunca se fez tanto editais neste País, como atualmente, para no fim fazer da arte um suplemento cultural, o bolo da noiva na festa de casamento. Na fala do filósofo alemão Theodor Adorno: “As obras de arte que se apresentam sem resíduo à reflexão e ao pensamento não são obras de arte”. Do ponto de vista da reflexão, do pensamento e do conhecimento, a cultura não é prioridade. Na política dos museus, o objeto já não é mais o museu que se multiplicou, juntamente com os chamados centros culturais, nos últimos anos. Com vaidade de supermercado, na maioria das vezes eles disponibilizam produtos perecíveis, novidades com prazo de validade, para estimular o consumo vetor de aquecimento da economia. A qualificação ficou no papel, na publicidade do concurso.

Esses editais que bancam a cultura são iniciativas que vem ganhando força. Mostram ser um processo de seleção com regras claras para administrar o repasse de recursos, muito bem vendido na mídia, como um método de democratizar o acesso e a distribuição de recursos para as práticas culturais. Mas nem tão democrático assim. Podem ser um instrumento possível e eficiente em certos casos, mas não é a solução, é possível funcionar também, como escudo para dissimular responsabilidades pela produção, preservação e segurança do patrimônio cultural. Considerando-se ainda a contratação de consultorias, funcionários, despesas de divulgação, inscrição, o trabalho árduo e apressado de seleção , é um custo considerável, em último caso, gera serviços e renda.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

ANA DE HOLLANDA DIZ QUE ORÇAMENTO DA CULTURA NÃO SERÁ MENOR


A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, disse em Buenos Aires que não haverá redução orçamentária em sua pasta em 2012. Mas admitiu que o ministério está tendo mais dificuldades para concretizar projetos neste ano do que em 2010, por conta das dificuldades impostas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias, que proibiu o MinC de fazer convênios com entidades privadas para eventos, e de um decreto presidencial que generalizou o veto. A informação é da Folha de S. Paulo.

Em entrevista à Folha, a ministra afirmou que a taxa de execução do orçamento da pasta neste ano está em 67%, deve atingir 80% ao fim do mês e 100% até 31/12.

Sobre a reforma da lei do direito autoral, a ministra disse que há “um consenso sobre uma proposta”, atualmente na Casa Civil. Segundo ela, será feito um registro de obras culturais no site do MinC: “Vamos abrir tudo na internet. Todo mundo vai ter acesso ao que está em domínio publico, ao que não está, e de quem são os direitos.”

*Com informações da Folha Online

domingo, 20 de novembro de 2011

OS DESAFIOS DA ECONOMIA CRIATIVA

"As pessoas não podem viver só de cultura e nem só de dinheiro. É preciso fazer uma mistura, e um não pode substituir o outro". Ao ler esta frase de Clay Shirky (A Cultura da Participação, Zahar 2011) podemos chegar à conclusão de que a economia criativa pode ser traduzida, entre outras coisas, como uma forma de geração de trabalho, renda, oportunidades empreendedoras e crescimento econômico. Entretanto, dois grandes desafios precisam ser vencidos. O primeiro é criar uma articulação que permita a construção de políticas integradas para o setor. Um grande exemplo de articulação e criatividade está nos catadores de papel e latinha dos grandes centros, sobretudo São Paulo. Foi a necessidade (e claro, a criatividade) dessas pessoas que fizeram com que o país conquistasse o primeiro lugar no mundo em reciclagem de alumínio. A indústria precisa dessa coleta para reinserir essa matéria-prima novamente na cadeia produtiva.

A construção de políticas complementares requer o envolvimento do município, do Estado e da Federação, bem como os ministérios, a iniciativa privada e a sociedade civil organizada. Os catadores sozinhos e em alguns casos através de cooperativas, como a Viralata (www.viralata.org.br) usaram a criatividade para aproveitar essa oportunidade de mercado e desenvolveram seu próprio processo de coleta, armazenamento e distribuição desse material de reciclagem. Desde o início, a Viralata fez com que os próprios cooperados aprendessem a gestão integrada dos processos. O negócio deu tão certo que eles não faziam mais coletas através de “galinhotas”, mas em caminhões próprios para aumentar o volume coletado. E assim, firmou parcerias com escolas, parques, condomínios e empresas “trazendo o catador para dentro da cooperativa e trabalhando com mais qualidade de vida.”