sábado, 15 de outubro de 2016

CURSO SOBRE O CANGAÇO NA BAHIA

Maria Bonita e Lampião

Inscrições abertas em Feira de Santana – Encontro acontece dias 12 e 13 de novembro, no auditório da FTC

O Cangaço na Bahia é tema de curso que será desenvolvido em Feira de Santana, nos dias 12 e 13 de novembro (final de semana), no auditório da Faculdade de Tecnologia e Ciências, localizada no bairro SIM. As aulas, que serão ministradas pelo historiador e geólogo Rubens Antonio, acontecem das 8h às 17h, com carga horária de 15 horas. Conta com o apoio da FTC, Prefeitura Municipal de Feira de Santana, Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana e Quântica Eventos.

A proposta do encontro é conhecer mais sobre a História do Cangaço, um movimento que agitou o Nordeste, tendo por foco a Bahia. Será trabalhado o sabido e documentado de eventos como combates, abrangências e disposições que constituem, muitas vezes, pontos-de-partida para o verdadeiro entendimento enquanto fenômeno histórico. Serão abordados elementos em sua significação realista, bem afastada de mitificações.

Na oportunidade o público irá conferir algumas imagens da exposição “Pepitas de Fogo: O Cangaço e seu tempo colorizados”.  A mostra foi apresentada, pela primeira vez em Salvador, no mês de agosto, no museu Palacete das Artes (vinculado a Secult/Ipac). Consta de 40 a 50 imagens colorizadas e retificadas relacionadas ao momento do Cangaço. Refletem seu tempo de maneira ampla, sendo fruto de uma longa pesquisa de resgate das configurações e cores prováveis. Aparecem tanto aquela de cangaceiros, no seu dia-a-dia, quanto de aspectos de Salvador à época de evento.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:

12 de Novembro (Manhã)
Lucas da Feira; Bando do Tará; Bando do Brejo do Burgo; Cauassus;Fronteiras com Piauí e Goiás; Convênios

12 de Novembro 
(Tarde)
1924 a 1929: Cangaço em ascensão; Alvorada lampiônica; As primeiras notícias; O crescendo do temor; Reações pomposas e inúteis; A chegada efetiva; As primeiras sagas e tragédias; Perplexidades

13 de Novembro 
(Manhã)
1929 a 1932: Cangaço tonitruante; O apogeu do Cangaço na Bahia; A melhor percepção; Menos perdas; Bandos, subgrupos e domínios; Início do contra-ataque; Violência de lado a lado

13 de Novembro (Tarde)
1933 a 1940: Derrocada do Cangaço; Grandes perdas; Marcando passo; Às portas do fim; Lá, apaga-se o Lampeão; Cá, apaga-e o Corisco; Olhando para frente; Mitificação; Olhando para trás

SOBRE O PALESTRANTE: Rubens Antonio da Silva Filho: Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1078-1982), em Licenciatura e Bacharelado em História pela Universidade Federal da Bahia (1995-1999), tendo cursado também Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia (1989-1993). Mestre em Geologia pela Universidade Federal da Bahia. E Servidor público, desde 1984, atuando como Geólogo do Museu Geológico do Estado da Bahia, vinculado  à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, respondendo por questões relacionadas à Minerologia, à Geologia, à Paleontologia e às Histórias Geológica e da Mineração. Autor de livros e mapas, Ministra cursos relacionados a Geologia, História Geológica, Artes, História, com ênfase para o Cangaço, e urbanização de Salvador, no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.

APOIO: FTC, Prefeitura Municipal de Feira de Santana, Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Instituto Histórico Geográfico de Feira de Santana e Quântica Eventos.

INSCRIÇÃO:
Valor: R$ 60,00 (sessenta reais) – taxa única
Local de realização: FTC – Feira de Santana
Rua Artêmia Pires Freitas, s/n, SIM - CEP: 44.085-370
Mais informações: cangaconabahia@gmail.com


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

CACHOEIRA COM ARES DE POESIA E LIVROS FESTEJA ABERTURA OFICIAL DA FLICA



Secretário Jorge Portugal mediou mesa de abertura e lançou site e publicações do Mapa da Palavra.BA

A cidade de Cachoeira respira letras. Artistas da palavra, estudantes, gestores de cultura, visitantes e autores participantes da programação movimentam a cidade histórica desde a largada da sexta edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), na tarde desta quinta-feira (13), no Convento do Carmo. O secretário de Cultura Jorge Portugal iniciou os trabalhos dando viva a Bob Dylan, nomeado vencedor do Nobel de Literatura, neste dia.
“Tenho uma paixão natural pela Flica, eu que pessoalmente já estou nela há cinco anos seguidos. A Festa é um paraíso pensado por aqueles que amam o conhecimento”, considerou o secretário antes de atuar como mediador da mesa de abertura da programação oficial, com a escritora Mary Del Priore, sob a temática Histórias da Gente Brasileira, homônima à obra em foco.
“Resolvi fazer as pessoas contarem sobre a vida delas”, descreveu a escritora, sobre o método de trabalho adotado para escrever sua série de quatro volumes sobre o Brasil colônia. Assim, ao invés da busca por historiadores, a escritora buscou o registro memorial, colhendo depoimentos e montando um perfil pulsante da formação de um país.
Mapa da Palavra.BA - Antes da mesa com a autora, Jorge Portugal, ao lado da diretora da Funceb, Fernanda Tourinho,  fez o lançamento do site e de publicações do Mapa da Palavra.BA, projeto de mapeamento da Coordenação de Literatura/Dirart da Funceb que objetiva incentivar a literatura na Bahia.
 “No ano passado nós lançamos o mapa, uma ação da coordenação de Literatura da Funceb e, após a primeira etapa, quando abrimos para inscrições, agora apresentamos os primeiros resultados, o site e publicações do Mapa da Palavra.BA”, anunciou Fernanda Tourinho, destacando que o cadastro é um processo dinâmico, que terá outras etapas de inscrições, incluindo as diversas formas de expressão escrita.
A partir do lançamento na Flica, já se tornou possível consultar o site, com o registro de 170 artistas da palavra. Destes, 32 têm textos publicados na revista CartoGRAFIAS, que teve quatro edições lançadas e distribuídas na Flica.
De cabeça para baixo - Baseada em histórias reais, reunidas a partir de depoimentos de personalidades de várias partes do Brasil – na Bahia, os de Pedro Calmon, Hildegardes Viana, dentre outros, Mary Del Priore desvendou um universo de informações que não estão na história oficial do Brasil. Virar “a sociedade brasileira de cabeça pra baixo” foi inspiração para a pesquisadora, que tratou, na mesa da Flica, de questões como sexualidade, comércio, remédios. “Na colônia, povos de várias partes do mundo viviam juntos, numa sinestesia”.  
“Nós estamos acostumados a estudar história do Brasil através do plano geral. O que este livro nos traz é a câmera do detalhe. Destampa a panela para a gente sentir o cheiro, mostra o buraco da fechadura dos quartos dos nobres”, comentou divertido Jorge Portugal, admirador da série.
FAZCULTURA – Parceria entre a SecultBA e a Secretaria da Fazenda (Sefaz), o mecanismo integra o Sistema Estadual de Fomento à Cultura, composto também pelo Fundo de Cultura da Bahia (FCBA). O objetivo é promover ações de patrocínio cultural por meio de renúncia fiscal, contribuindo para estimular o desenvolvimento cultural da Bahia, ao tempo em que possibilita às empresas patrocinadoras associar sua imagem diretamente às ações culturais que considerem mais adequadas, levando em consideração que esse tipo de patrocínio conta atualmente com um expressivo apoio da opinião pública.

Fonte: Assessoria de Comunicação - Secretaria de Cultura do Estado da Bahia – SecultBA

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

FLICA RECEBERÁ LANÇAMENTO DE SITE E DE PUBLICAÇÕES DO MAPA DA PALAVRA.BA


O projeto de mapeamento que objetiva incentivar a literatura na Bahia apresenta os seus primeiros resultados, na mesma Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) onde foi anunciado, um ano atrás. Desta vez, na 6ª edição da Flica, no dia 13 de outubro, quinta-feira, às 15h, o secretário Jorge Portugal lança o site e quatro publicações impressas CartoGRAFIAS, a revista do Mapa da Palavra.BA.

Na abertura da Flica, antes de assumir a posição de mediador da mesa temática Histórias da Gente Brasileira, o secretário apresenta a novidade, ao lado da diretora da Fundação Cultural do Estado da Bahia, Fernanda Tourinho. Serão 2 mil exemplares distribuídos gratuitamente no evento. Posteriormente, um organograma de distribuição será desenvolvido para o estado. 

Identificar artistas da palavra nos 27 territórios de identidade da Bahia, realizar um primeiro diagnóstico do setor literário, além de difundir produções de autores(as) baianos(as), estão entre os objetivos do Mapa da Palavra.BA. Em sua primeira chamada, 2015/2016, o projeto contou com a participação de artistas de mais de cinquenta municípios do Estado. 

O Mapa da Palavra.BA é uma ação da Coordenação de Literatura/Dirart da Funceb, entidade vinculada à SecultBA. O site contará com minibiografias e trabalhos literários dos autores, como uma galeria permanente dos artistas da palavra da Bahia, e poderá ser consultado a partir do dia do lançamento pelo endereço www.mapadapalavra.ba.gov.br. O Portal inclui o conteúdo completo das publicações impressas que estarão sendo lançadas na Flica.

Site e revista - “Apresentamos este primeiro resultado para a possibilidade de uma leitura coletiva, buscando juntos enxergar uma estrutura ampla e significativa, revelando caminhos para um maior diálogo entre seus agentes, na expectativa de alicerçar novos projetos que contribuam com o fomento, difusão e circulação da literatura da Bahia”, considera Fernanda Tourinho. 

Quatro volumes da revista CartoGRAFIAS, contendo as produções de artistas da palavra selecionados na primeira chamada do Mapa da Palavra.Ba, serão lançados na Flica. Cada volume segue a inspiração das estações do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno. “Difundir esta cartografia é promover um diálogo estético, espacial; criando relações entre cidades, artistas, formas de criar; é expor entonações e estilos diversos e apostar na troca de experiências e na reflexão”, cunha a edição. 

Registros do Mapa - Karina Rabnovitz, coordenadora de Literatura da Funceb, reconhece que no estado com 417 municípios, existem muito mais artistas da palavra, que os que estão registrados neste portal e que, “por conta disso, compreendemos que este é um primeiro recorte, do que podemos identificar como este universo da literatura baiana contemporânea e, entendendo que o setor literário é vivo e está em constante mudança e crescimento, há um planejamento de reabertura deste cadastramento”.

O projeto segue, assim, sua vocação dinâmica, com o objetivo de democratizar os dados sobre a literatura contemporânea da Bahia e incentivar e difusão e a produção literária do estado. O programa foi idealizado com a finalidade de diagnosticar e difundir a produção literária no estado da Bahia, mediante o mapeamento dos artistas da palavra, escritores, poetas, ensaístas, performers, cronistas, recitadores, quadrinistas, cordelistas, entre outros, que se inscrevam.

Neste momento, o Mapa da palavra.BA é o mais completo levantamento de dados sobre a literatura contemporânea na Bahia e por isso também tem como função servir de base para o planejamento de programas, projetos e ações que incentivem o desenvolvimento das letras em nosso Estado.


Texto: Claudia Pedreira