sexta-feira, 22 de maio de 2009

É POSSÍVEL VIVER DE TEATRO?

Montagem do cenário de Cangaço

Algumas pessoas da área cênica costumavam afirmar (e ainda o fazem até hoje), que eu sou o único produtor cultural deste município que consegue ter resultados positivos no projeto de meus espetáculos. Se concordasse com isso estaria sendo leviano e egoísta.

Se há resultados positivos isto é meta traçada pelo Planejamento Estratégico (P.E.). É ele quem fará com que você tenha o resultado esperado. Mas, outros poderão indagar: “o planejamento estratégico sempre dá certo?” Em noventa e nove por cento dos casos eu diria que sim. É o P.E. responsável pela execução de ações para alcançar os objetivos desejados; é ele quem permite a mudança de comportamento; é o instrumento certo para as futuras tomadas de decisão. E o mais importante: ELE NÃO DEVE SER APENAS UM DOCUMENTO!

Talvez esta última informação seja o principal motivo do fracasso de algumas produções teatrais. É preciso responder a uma série de indagações que permeiam uma produção teatral. Não basta montar algo para satisfazer o seu ego. É preciso investir em algo que você tenha certeza de que haverá retorno, seja ele financeiro ou não.

O P.E. cria o direcionamento, pois, previamente é analisada as condições externas e internas às quais sua futura produção será submetida. Portanto, nunca é demais responder: “Para quê eu vou montar esta peça?” “O que tem este espetáculo que fará com que as pessoas venham ao teatro?” “Quem eu quero atingir com este tema?” “O elenco será capaz de satisfazer as necessidades desta produção?” “Que estratégias desenvolverei para atrair as pessoas?”

Lembre-se: “ESTRATÉGIA” está ligada a “ESCOLHAS” ou a respostas que damos às perguntas que formulamos. O P.E. representa para os produtores teatrais a possibilidade de selecionar, entre os vários caminhos possíveis, aqueles que se apresentam como mais adequados para se alcançar os objetivos traçados para o espetáculo.

O Planejamento Estratégico é o caminho que conduz o produtor cultural de teatro para escolher e direcionar o futuro do seu espetáculo. Uma vez apontado os caminhos é possível sim viver de teatro. Se agirem assim os produtores estarão aptos a atuarem no contexto de grande mudanças no qual estão inseridos. Afinal, o P.E. será aquele que lhe mostrará a saída quando algum dos objetivos específicos não são alcançados.