Nos últimos anos, em virtude de
uma série de iniciativas governamentais, além do avanço tecnológico, houve um
aumento da publicação de livros na Bahia. Em sua maioria, esses livros foram
publicados através de editais de incentivo ou por iniciativa particular, fruto
dos sonhos de seus autores. Em regra, suas existências como produto cultural se
limitaram à noite de lançamento. Padeceram todos de um mal crônico comum: a
falta de circulação.
Os livros baianos não circulam —fato notório — e é assim porque os fatos
geradores de suas publicações são de duas naturezas. Como já dito, há o sonho
do autor em ver sua obra publicada. Às próprias expensas, ele se esmera numa
edição independente, muitas vezes de qualidade inquestionável. Entretanto, não
sendo um empreendedor afeito ao mercado, não consegue fazer com que o livro
circule. Sem lucro, precisará trabalhar em sua atividade profissional de origem
para acumular recursos para nova publicação.
Outra forma de publicar é ser selecionado por um edital cultural, de qualquer
esfera da Administração pública ou privada. Dentre muitos livros de qualidade,
os editais escolhem alguns. O livro é feito e lançado. Os recursos públicos e
privados são direcionados, relatórios são feitos e o Estado e as empresas
cumprem seu papel de fomentar a literatura e a cultura.
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