sexta-feira, 10 de junho de 2016

UMA DAS MAIS BELAS TRADIÇÕES RELIGIOSAS TALHADAS COM PAIXÃO POR MESTRA LAINHA


Um exercício físico e espiritual de recordação constante da paixão

Janete Lainha é uma destas figuras emblemáticas – não só pelo fato de sempre surgir com um traço figurino original, mas também pela universalidade com que externa seus cordéis, escrevendo sempre sobre tudo – ou quase tudo.

Mestra Lainha, título que recebeu após participar de uma seleção do Ministério da Cultura, abrilhanta-nos neste momento com um conjunto de xilogravuras – técnica de fazer gravuras em relevo sobre madeira – sobre a Via-Sacra – “símbolo das tradições mais acarinhadas dos católicos, sobretudo durante a quaresma”. 

As 15 peças, talhadas com carinho, muitas vezes, ali mesmo no calçadão da Rua Jorge Amado, enquanto oferece afetuosamente seus cordéis ao público passante. Talhar a Via-Sacra foi, como ela mesma diz, “um exercício físico e espiritual de recordação constante da paixão, morte e ressureição do Senhor Jesus Cristo. É mais que uma homenagem àquele que deu a vida pela humanidade. Assim, aprendemos com Ele o caminho da cruz”.

Na arte, em que agora expressa, é Maria, a mãe de Jesus, quem toma a palavra. E é imensa a dor desta mulher, retratada pelo sofrimento do seu filho. Acrescenta: “Maria é a imagem viva de todas as mães que têm, dolorosamente, marcas das dores dos seus filhos e filhas. Benditas Marias!”

A coleção da Via-Sacra, em xilogravuras, podem ser vistas no Ponto de Cultura da Casar, em horário comercial, na Avenida Lomanto Júnior, 1246, Pontal, Ilhéus, Bahia.

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