(Imagem meramente ilustrativa)
FELIZ CULTURA 2019
Pawlo Cidade
Colocar a Cultura no centro das discussões e decisões de governo,
no Município de Ilhéus, foi, ao longo de 2018 – e acredito que continuará assim
em 2019 - nosso principal desafio. Implantar uma política cultural sem causar
estranhamento e desordem, é no mínimo, inverossímil. Toda mudança de
comportamento, de paradigmas, de deslocamentos acarretam uma série de debates
intermináveis. Vencer o imediatismo, a política de balcão, a mesmice, a
concepção de que Cultura é, simplesmente, entretenimento, requer uma luta
diária entre os que fazem, os que produzem e os que decidem sobre Cultura em
Ilhéus.
O processo de escuta, a decisão de absorção de um conceito
diretivo de Cultura para a Gestão, as relações administrativas com o controle
social, as parcerias, a burocracia, os embates jurídicos, fazem parte deste
processo chamado “Gestão da Cultura”. Qualquer indivíduo pode ser secretário da
cultura, mas, poucos, muito poucos, compreendem a matriz gerencial do fenômeno
e da dinâmica cultural. Portanto, não basta ser gestor, é preciso ser coautor,
fazedor, multiplicador, conector, mediador, cúmplice e, por que não dizer,
algoz e vítima do que é imposto pelo sistema. Escolher a estratégia, implantar
a ação, determinar os rumos, construir planos são ações já incorporadas que se
desenrolam ao longo do caminho.
Vencido o principal desafio, seja pelo diálogo, seja pela dinâmica
própria da Cultura – e é neste momento que fazedores, promotores e
fiscalizadores entram em ação – passamos, paralelamente, a traçar um perfil, a
construir um direcionamento e a vencer barreiras individuais para atuar no
campo da coletividade. Entretanto, como fazer isso sem que nossos principais
colaboradores compreendam nossa visão e missão cultural? Cada chefia, cada
coordenação, cada divisão foi pensada de modo que pudesse tocar um programa de
médio e longo prazo. E isso passa por qualificação, capacidade técnica e
alinhamento de estratégias. Muito ainda precisa ser trabalhado.
Digamos que, 2018, foi o ano fértil das experimentações, das
tentativas de erros e acertos, de implantações e pesquisas, da tentativa de
criar indicadores, da necessidade de cumprir metas, de conhecer a realidade
físico-financeira de um orçamento, de perceber quem, de fato, compreendeu aonde
queremos chegar.
Elencamos assim, três desafios cruciais que estão atrelados a uma
série de desdobramentos. Resta-nos conduzir o processo a ponto de,
continuamente, desconstruir preconceitos, derrubar barreiras e garantir a
excelência em criação e gestão de programas e projetos culturais que permitam a
inclusão, o empreendedorismo cultural, a diversidade, a preservação e a
valorização da produção cultural local – nossa principal missão. Feliz Cultura
2019!
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