sexta-feira, 23 de setembro de 2011

VAMOS DISCUTIR A NOSSA CULTURA


A Capitania de Ilhéus foi doada em Évora, para Jorge de Figueiredo Correia, a 26 de junho de 1534. Outrora, denominada de São Jorge dos Ilhéus, em homenagem ao donatário Jorge e Ilhéus, devido às ilhas que se encontram na costa.
A história do Brasil foi construída paralelamente, a história do nosso município. Possuímos a 2ª. capela mais velha do Brasil; temos sítios históricos como o Engenho de Sant´Ana e a Lagoa Encantada; conjuntos arquitetônicos no distrito do Rio do Braço que remontam aos tempos áureos do cacau, juntamente com partes da antiga estrada de ferro; casas, palácios e palacetes no perímetro que denominamos de circuito Cravo e circuito Canela no centro da cidade; história de sesmarias que foram doadas a figuras importantes do reino português, a exemplo de Mém de Sá, terceiro Governador Geral do Brasil. Após o fim do sistema de Capitanias Hereditária, Ilhéus se tornou precursora da chamada civilização do cacau, imortalizada na obra de nosso escritor-mor, Jorge Amado.
Ilhéus tem uma vocação extraordinária para o turismo cultural, não só pela história que escreveu e continua escrevendo, mas, pelo rico patrimônio natural, arquitetônico e imaterial que possui. Porém, é necessário uma requalificação urbana, restaurar monumentos importantes e sítios históricos, como o distrito do Rio do Braço, o Rio do Engenho e a Lagoa Encantada, dotando-os de condições que possam proporcionar a estas comunidades condições socioeconômicas e acesso aos bens culturais que possuem.

        Como qualquer outra função do estado, a cultura também requer a definição de políticas públicas para direcionar, orientar e priorizar as ações do governo. Ademais, não se faz política pública cultural séria e conseqüente, sem planejamento. E é isso que estaremos fazendo hoje e amanhã na II Conferência Municipal de Cultura de Ilhéus.
Com efeito, o “Plano de Cultura é o resultado corporificado e materializado de um processo de planejamento. Ele é um documento formal que expressa motivações, desejos, intenções, políticas, diretrizes, programas, objetivos e projetos” para o desenvolvimento da cultura em Ilhéus. Terá ampla participação do Conselho Municipal de Cultura e será construído para servir à comunidade e não aos seus autores oficiais, exigindo para sua construção, o envolvimento e atuação de segmentos representativos da cultura local, método de trabalho que assegurará legitimidade e permitirá um amplo pacto político entre inúmeros atores, gerando perspectiva de continuidade das políticas públicas voltadas para a área, transcendendo as mudanças periódicas de governo.
O Plano Municipal de Cultura entrará em sintonia com os Sistemas Nacional e Estadual de Cultura e irá interagir com o Plano Territorial, observando, também, as referências contidas na Agenda 21 da Cultura da UNESCO, sobre a proteção e promoção das diversidades culturais e a Lei Orgânica do Município de Ilhéus.  

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