domingo, 22 de janeiro de 2012

TEATRO, POLÍTICA E LUÍZA QUE CHEGOU DO CANADÁ

Luíza, que voltou do Canadá
No Teatro da vida somos pegos por expressões e frases de efeito. Esta semana ganhou força uma expressão que há alguns dias invadia as redes sociais: “Todos, menos Luíza que está no Canadá”. A mídia deu tanto ênfase à questão que a tal “Luíza” acabou ganhando seus quinze minutos de fama.

No Teatro de palco, também temos algumas frases de efeito que, quem não conhece, espanta-se à primeira vista. Tomemos como exemplo: “Merda prá você!.” É fato que se alguém desejar que você tenha merda, parece uma ação pejorativa. Mas, no Teatro, sobretudo entre os atores brasileiros e franceses, é o mesmo que dizer: “Boa Sorte” antes do início do espetáculo. Ela corresponde a uma expressão norte-americana: “break a leg”, que significa: “Quebre a perna!”

O ato de querer que seu colega de cena ou parceiro “quebre a perna” também  é outra expressão que parece estranha. Na verdade, sua intenção não é impedir que alguém realize alguma coisa. Porém, sua origem pode estar em 1865 quando John Wilkes Booth, o assassino do presidente Lincoln (EUA), que era ator, na tentativa de matar o presidente durante uma peça, pulando, quebrou a perna. Mas, há quem diga que sua origem reside na questão de que “leg” (perna, em inglês), refere-se à parte lateral do palco onde ficam as cortinas. Neste sentido, o significado é a expectativa que os aplausos sejam tantos e tão fortes que levem o teatro abaixo.

Já na opinião de um internauta, “leg” (que é exatamente a corda que levanta e baixa as cortinas) é que as cortinas sejam levantadas e abaixadas tantas vezes para os atores receberem os aplausos, que a corda (leg) acabe se quebrando.

E a política? Bem, não preciso lembrar aos nobres leitores, que frases e slogans dos milhares de candidatos a vereador que começam a tomar conta das ruas, deixarão boquiabertos os mais sérios eleitores. As frases são tão otimistas que muitos se autodenominam “salvadores da pátria”, como se a função do edil pudesse realmente fazer alguma coisa de concreto. Mal sabe ele que o edil apenas indica, pede, mas, por a mão na massa e consertar o que está quebrado, está longe de ser realidade.

É isso aí, “do tanque ao palanque”, vote em Sueli; não esqueça de Augusto, “esse não é sopa”; “Não é 1,99, é 19999. Não faça besteira, vote Nei Pereira”; “Vá de frente, não vá de ré, vote no Zezé”; “Quando alguma coisa não funciona na sua casa você troca. Na política é a mesma coisa. Vote novo! (Então ele mostra um bonequinho dos Teletubbies, que fala: “De nooovo! De nooovo!”; “O único candidato com a letra “Z”, só podia ser do PTB.”

Mais pérolas virão. É só acompanhar a eleição. Contudo, não espere Luíza voltar para o Canadá, para decidir em quem votar. Um abraço.

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