segunda-feira, 25 de abril de 2016

SEGUE EM CARTAZ A EXPOSIÇÃO “ÍNDIOS NA JANELA” NO PALACETE DAS ARTES


Gildásio Rodriguez (pintor), Pawlo Cidade (curador), Silvan Barbosa (colecionador)

Depois de levar mais de mil pessoas para conhecerem peças artesanais de diversas etnias brasileiras e quadros de faces indígenas, na última semana, a exposição "Índios na Janela" prorroga sua permanência no Palacete das Artes até esta quinta-feira (28). A visitação acontece de 13h às 19h e a entrada é gratuita.

Cerca de 200 peças artesanais e 20 pinturas ocupam o 1º pavimento do Palacete. São arcos, colares, lanças e bordunas das tribos Pataxós, Xukuru Kariri, Maxakali e Krenak, entre outras, que apresentam a cultura indígena como algo vivo e dinâmico, propiciando ao público uma identificação positiva através das faces dos povos da floresta.

A exposição já foi vista por cerca de 3500 pessoas em Ilhéus e Porto Seguro, por onde já passou em curtas temporadas em fevereiro e março. É voltada para o público em geral, em especial, para estudantes do ensino fundamental, ensino médio, pesquisadores, historiadores e professores.

As peças possuem valor inestimável e foram juntadas ao longo dos 25 anos em que o colecionador Silvan Barbosa Moreira, ex-funcionário da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), teve contato e se dedicou ao trabalho com as mais variadas tribos indígenas brasileiras. “Tenho peças com mais de 30 anos e outras muito raras. A mais antiga é da Ilha do Bananal, no Mato Grosso, já a mais nova é um cocar e um colar Kaiapó que veio do Pará. Entre peças artesanais, livros, CDs e DVDs, tenho quase mil objetos, adquiridos ou que me foram dados de presente por amigos indígenas. Esta exposição serve para contribuir e ampliar o conhecimento do público sobre a vida e a cultura indígenas”, explica o colecionador.

Já os quadros de faces indígenas são de Gildásio Rodriguez, conhecido como “O Gil dos índios”, que já foi protagonista de diversas exposições individuais e coletivas no Brasil, Estados Unidos e Portugal. “Ao ler a saga dos irmãos Villas Boas no Alto Xingu, senti a necessidade de divulgar, através da pintura, a cultura de um povo que sofreu e sofre injustiças dentro de um país democrático. Comecei em 1998 e, desde então, criei mais de 30 quadros”, conta o pintor.

A exposição oferece ao público imagens e informações de natureza histórica e cultural, propiciando uma identificação positiva com as coletividades indígenas e oportunizando ao público um olhar mais humano sobre essa questão. Para o curador da exposição, Pawlo Cidade, "essa mostra aponta para um caminho no esforço de pensar os indígenas sob o ponto de partida da cultura, de uma janela que se abriu no passado, que continua aberta no presente e mantém-se escancarada pela dimensão contemporânea, permitindo um diálogo com muitas outras tradições culturais”.

O projeto é uma realização da Comunidade Tia Marita e conta com apoio do Fundo de Cultura da Bahia, mecanismo de fomento à cultura gerido pelas secretarias de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) e da Fazenda (Sefaz).  Acompanhe todas as informações na fanpage: www.facebook.com/Indiosnajanela

Sobre o colecionador Silvan Barbosa Moreira - Começou sua carreira como na Fundação Nacional do Índio (FUNAI ), em 1987. Em Eunápolis, acompanhou a demarcação das terras indígenas de Coroa Vermelha. Dois anos, depois acompanhou a instalação da Aldeia da Jaqueira, em Porto Seguro. Em 1990 ficou refém por três dias na Aldeia Nova Vida, em Camamu e, nesse período, conseguiu a pacificação entre os próprios índios Pataxó. Em 1994, quando foi trabalhar em Brasília e reencontrou o índio Galdino que já o conhecia há sete anos e dele ganhou de presente uma borduna. Estes presentes acabaram se tornando o pontapé inicial para uma coleção de utensílios e instrumentos indígenas de mais de duas centenas de peças.

Outras empreitadas enriqueceram a experiência de Silvan, bem como o seu acervo: trabalhou com o Cacique Juruna e o Cacique Raoni; participou da retirada do gado da Ilha do Bananal no Mato Grosso com os índios Carajá; e, em Minas Gerais, chegou às terras dos povos Xacriabá, Pataxó, Maxakali e Krenak; foi convidado para fazer parte da força tarefa em Rondônia, na retirada dos garimpeiros de diamantes das terras dos índios Cinta Larga, onde conheceu o índio Pio Cinta Larga. Aposentou-se em 2013, depois de quase 30 anos desenvolvendo uma série de projetos em terras de diversas etnias, mediando conflitos e colecionando os inúmeros objetos que podem ser vistos na exposição.

Sobre o pintor Gildásio Rodriguez - Ex-aluno do professor Edson Calmon, começou a pintar a figura indígena em 1998, estudando a história dos irmãos Villas Boas: Orlando, Cláudio e Leonardo, vanguardistas da Expedição Roncador-Xingu. Foi protagonista de diversas exposições individuais e coletivas, entre elas a II e III Bienal de Artes de Itabuna; 7º Salão de Artes do Estado da Bahia. Expôs na extinta Casa dos Artistas, Teatro Municipal de Ilhéus, Academia de Letras de Ilhéus, Espaço Cultural Bataclan, Aleluia Ilhéus Festival e Espaço Cultural Tororomba.

Participou de exposições fora do país como a Brasil Coffee House, em Nova York; A Talentos do Brasil, no Palácio da Independência, em Lisboa, e da exposição Trajectos, em Alenquer, também em Portugal. Possui quadros na Embaixada do Brasil, nos Estados Unidos da América.

Sobre o curador Pawlo Cidade - É pedagogo, especialista em Educação Ambiental, dramaturgo, agente cultural, produtor e diretor de teatro com 27 anos de experiência. Além de membro do Conselho Estadual de Cultura e da Academia de Letras de Ilhéus, também é escritor com 14 livros publicados. Já fez a curadoria do Festival Nacional de Dança de Itacaré; do Centenário do escritor Jorge Amado; do Seminário Teatro e Teatralidade, do Seminário Dramaturgia e Contemporaneidade e do Simpósio Economia Criativa e Legislação Cultural.

Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA) – Criado em 2005 para incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas, o Fundo de Cultura é gerido pelas Secretarias da Cultura e da Fazenda. O mecanismo custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada. O FCBA está estruturado em 4 (quatro) linhas de apoio, modelo de referência para outros estados da federação: Ações Continuadas de Instituições Culturais sem fins lucrativos; Eventos Culturais Calendarizados; Mobilidade Artística e Cultural e Editais Setoriais. Para mais informações, acesse: www.cultura.ba.gov.br

Serviço
O quê: Prorrogação da exposição “Índios na Janela”
Onde: Palacete das Artes, Rua  da Graça, 289, Graça, Salvador
Quando: de 26 a 28 de abril, de 13h às 19h.
Entrada gratuita
Informações à imprensa: Pawlo Cidade - (73) 9 9998.2555 | 9 8831.2555 | 9 9154.7019


25/04/2016

Assessoria de Comunicação - Secretaria de Cultura do Estado da Bahia – SecultBA

Telefone: (71) 3103-3442





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