segunda-feira, 2 de setembro de 2013

IPAC e Escola Parque desenvolvem parceria em Educação Patrimonial


Para a restauração de sete painéis, afrescos e murais modernistas da Escola Parque, em Salvador, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) criou um programa de Educação Patrimonial para treinar professores do complexo escolar a realizarem visitas guiadas quando as obras estiverem finalizadas em 2014. São obras de arte da autoria de artistas renomados como Carybé, Jenner Augusto, Carlos Bastos, Djanira da Motta e Silva e Carlos Magano.

O objetivo é treinar os professores para recepcionar estudantes, pesquisadores e visitantes que, a partir de 2014, desejem conhecer a arquitetura, a história e as obras de arte que compõem a Escola Parque idealizada pelo educador baiano, consultor da UNESCO e um dos fundadores da Universidade de Brasília, Anísio Teixeira (1900-1971).

Fonte: SECULT

A unidade de ensino, vinculada à secretaria estadual de Educação do Estado (SEC), é considerada modelo de modernização educacional integrado com foco nas matérias fundamentais, no acesso às artes, na sustentabilidade e na integração com a natureza.
“A restauração dos painéis, as atividades de treinamento e educação patrimonial integram mais uma ação de transversalidade entre a SEC e a Secretaria de Cultura do Estado (Secult-Ba)”, diz o diretor geral do IPAC, Frederico Mendonça.

O dirigente explica ainda que os prédios que compõem a Escola Parque também são tombados como Patrimônio Cultural da Bahia desde 1981, pelo IPAC, por serem ícones da arquitetura moderna baiana de autoria do arquiteto e urbanista Diógenes Rebouças (1914-1994). “O professor Diógenes projetou ainda a Avenida Contorno, o Hotel da Bahia – também tombado – e dezenas de outras edificações e planos urbanísticos em Salvador”, completa Mendonça.

RIO BRANCO e MUSEUS – No final de julho, o IPAC já tinha promovido ida dos professores da Escola Parque ao projeto de Visitas Guiadas do Palácio Rio Branco, na Praça Municipal, que é realizado em parceria com a Fundação Pedro Calmon. “Agora em meados de agosto, realizamos outra visita em um dos museus do IPAC, o Udo Knoff, no Pelourinho”, informa a assessora especial do IPAC, Milena Rocha, que coordena as ações com a Escola Parque.

O IPAC administra também o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM) no Solar do Unhão, o Palacete das Artes na Graça, e o Museu de Arte da Bahia no Corredor da Vitória, dentre outros. No Udo Knoff, os educadores conheceram o acervo permanente do museu, ampliada com 14 obras, sendo 12 delas do ceramista alemão Udo Knoff, e a exposição temporária “Entre pedras e telas – Um diálogo, uma inspiração”, da parceria com a Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia.

Para a professora de cerâmica da Escola Parque, Fernanda Barbosa, a visita foi extremamente válida para conhecer um bom exemplo de visitas guiadas. “O museu Udo tem boa política de inclusão com todos os tipos de público. Queremos essa proposta também na Escola Parque”, afirma Barbosa. Após a mediação das exposições, o museólogo Antônio Varjão, apresentou a proposta da exposição “Udo e a Cidade”, que estará no museu Udo em dezembro deste ano (2013).

As visitações no Udo são realizadas das terças às sextas-feiras, de 12h as 18h; sábado, domingo e feriados, das 12h as 17h. Já no Rio Branco, qualquer grupo pode marcar visitas com mínimo de 10 pessoas e o máximo de 30. A agenda funciona de terça a sexta-feira, das 10h as 18h, e aos sábados e domingos, das 9h as 13h. Avisita é gratuita e inclui todos os espaços do palácio. O agendamento pode ser feito no próprio local, pelo telefone (71) 3116-6928 ou ainda pelo e-mail:museologia.fpc@gmail.com.


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