quinta-feira, 14 de setembro de 2017

ENCONTRO DISCUTIU MERCADO E FOMENTO DO AUDIOVISUAL NA BAHIA


I Encontro de Integração do Audiovisual aconteceu nesta quarta-feira, 13 de setembro, no Instituto Feminino da Bahia, com presença de agentes culturais do setor artístico, gestores de órgãos públicos e representantes de organizações. O cineasta Aly Muritiba tratou do tema O papel dos editais e o processo criativo, abordando o audiovisual brasileiro. Ele citou lançamentos recentes, relacionando com o contexto da indústria e opinando que o mês de agosto foi especialmente bom para o cinema nacional.

O Encontro, promovido pela SecultBA com coordenação da Dimas, teve abertura com a presença de Rômulo Cravo, chefe de gabinete da SecultBA, representando o secretário de Cultura Jorge Portugal; Alexandre Simões, diretor da Suprocult; Renata Dias, diretora da Funceb, e Bertrand Duarte, diretor da Diretoria do Audiovisual (Dimas/Funceb); Janaína Rocha, representando Flávio Gonçalves, do Irdeb. Rodrigo Hita, chefe de gabinete, e Sahada Luedy, diretora executiva de sistemas e serviços da SECTI, compuseram a mesa.

Aly Muritiba elogiou a política de editais baiana voltada para as produções do audiovisual, citando os Editais Setoriais 2016 que apresentaram, até aquele momento, o maior investimento verificado no Estado para a área, com R$ 14,5 milhões da parceria entre Fundo de Cultura da Bahia (R$ 6,5 milhões) e Ancine (R$ 8 milhões). O superintendente de Promoção Cultural da Secretaria da Cultura da Bahia, Alexandre Simões, ressaltou o protagonismo da Associação dos Produtores de Cinema do Estado que sugeriu a parceria.

Os projetos da área do audiovisual receberam cerca de 20% dos valores totais conveniados dos Editais Setoriais 2016, com recursos do Fundo de Cultura da Bahia. Dos 245 projetos ativados pelo FCBA, em 23 setores da cultura, 42 contemplaram as áreas de Produção, Distribuição e Difusão voltados para filmes, documentários e produções seriadas. O novo edital está sendo elaborado e os critérios a serem utilizados foram discutidos no encontro.

Simões contou que foram apresentadas nos três anexos do Audiovisual 442 propostas, sendo 83 inscritas, 57 selecionadas e 42 conveniadas (R$ 4,6 milhões), sendo 11 delas do interior do Estado. O processo contou com uma primeira etapa de análise prévia de documentação e segunda, fundamentada no mérito das propostas. “Foram definidos critérios de avaliação como consonância com as políticas de cultura, valor cultural, viabilidade técnica e qualificação do proponente”. O novo edital, segundo o superintendente, tem lançamento previsto para o final de 2017, com os convênios sendo efetivados no primeiro semestre de 2018. “Neste segundo semestre definiremos os critérios para o lançamento dos Editais Setoriais 2017, com a conclusão do modelo para apresentação à Ancine. No primeiro semestre de 2018 serão realizadas a seleção e contratação das propostas aprovadas”.

O Encontro é voltado para produtores, associações, coletivos, roteiristas, cineastas e demais profissionais do segmento e é coordenado pela Diretoria de Audiovisual (Dimas) da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb).  Os participantes se inscreveram para acompanhar a programação.

Pré-estreia - “Os exibidores querem manter filmes brasileiros em cartaz”, destacou Aly em sua fala, exemplificando produções, caso de Como nossos pais, de Laís Bodanzky e Polícia Federal – A lei é para todos, de Marcelo Antunes, “que estão tento bom desempenho de bilheteria”. 

O Encontro seguiu até as 18h.  No início da tarde, aconteceu uma dinâmica em grupo para trabalhar a discussão das categorias e temas propostos. Em seguida, fechando a programação, às 19h, aconteceu a pré-estreia do filme A gente, no Cinema do Museu. O diretor Aly Muritiba trabalhou em uma prisão como integrante da Equipe Alfa. Ele retorna, como cineasta, ao seu antigo local de trabalho para documentar a rotina dos 28 homens e mulheres, que integram a Equipe Alfa, responsável pela custódia de mais de mil criminosos de uma penitenciária brasileira.

Fonte: Ascom/Secult/BA

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