domingo, 3 de abril de 2011

OS SINAIS DE UMA CULTURA NO VERMELHO

Com dívidas e cortes, MinC reconhece que 2011 será ano apertado e cancela fundos setoriais.

Enquanto a polêmica em torno da reforma dos Direitos Autorais tomou os holofotes nos primeiros meses de Ana de Hollanda à frente do Ministério da Cultura, paulatinamente a saúde financeira da pasta chama a atenção como preocupação da nova administração. De um inédito orçamento estipulado em R$ 2,1 bilhões pela Lei Orçamentária de 2011, houve redução de R$ 766 milhões em razão de veto presidencial e contingenciamento. Para completar, de acordo com o secretário-executivo do MinC, Vitor Ortiz, os restos a pagar deixados pela gestão anterior somam R$ 450 milhões. “Será um ano apertado, de organização da casa, ajustes e avaliação dos programas e processos futuros”, afirma Ortiz. “Em um ano difícil como esse, estamos orientando nossos secretários a realizar planejamentos a longo prazo, pensando nos próximos quatro anos.”

De passagem por Salvador, no mês passado, a ministra responsabilizou a gestão anterior pela quantidade de débitos existente do Programa Pontos de Cultura, estimada em cerca de R$ 60 milhões. Entre convênios, editais e premiações, figuram pendências de quase um ano atrás. “Sabemos que esta gestão acabou de chegar, mas temos um afã por respostas porque desde maio compromissos firmados com o Programa estão atrasados”, diz Patricia Ferraz, secretária- executiva do Pontão de Articulação da Comissão Nacional de Pontos de Cultura.

(por João Bernardo Caldeira, em 1º/4/2011. A íntegra da matéria está na edição do jornal Valor Econômico do dia 01/04/2011)

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